SAÚDE

Nem todo obeso tem indicação de cirurgia de redução de estômago

Em alguns casos mais graves, dependendo do grau de obesidade, para que a pessoa perca peso, é recomendada a cirurgia bariátrica

Thassiana Macedo
Publicado em 24/04/2014 às 00:30Atualizado em 19/12/2022 às 08:05
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O excesso de peso atinge hoje 54% dos homens e 48% das mulheres no Brasil. Em alguns casos mais graves, dependendo do grau de obesidade, para que a pessoa perca peso, é recomendada a cirurgia bariátrica, também conhecida como redução de estômago.

Segundo o endocrinologista Gregório de Lima Souza, a cirurgia não é indicada para qualquer pessoa que sofra de obesidade. “Hoje, definida pelo Conselho Federal de Medicina, ela está indicada para pacientes obesos moderados, que são classificados pelo Índice de Massa Corporal (IMC), resultante do cálculo em que se divide o peso da pessoa pela altura ao quadrado. Portanto, para o paciente com IMC acima de 35, ou seja, de grau 2, com alguma doença associada, como hipertensão, diabetes, colesterol, artroses graves e apneia do sono, ou nos casos de obesidade mórbida, quando o IMC é acima de 40, sendo a obesidade considerada grave, a cirurgia tem a sua indicação”, explica.

No entanto, para que o obeso realmente possa se submeter à cirurgia de redução de estômago, é preciso que ele tome alguns cuidados no período pré e pós-operatório. “A cirurgia é a parte mais simples de todo o processo. Na verdade, o que é necessário é que, com a cirurgia, ocorra uma mudança de hábito. É isso que vai promover um bom resultado em longo prazo. Então, os cuidados devem surgir antes da cirurgia, com o controle das doenças associadas e certo grau de perda de peso, porque ser submetido ao procedimento com grande excesso de peso e com doenças descontroladas aumenta os riscos cirúrgicos”, alerta.

Além disso, o médico recomenda que o paciente seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar, formada por assistente social, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, endocrinologista e cirurgiões, buscando abranger os vários aspectos do ser humano que a obesidade afeta. “No pós-operatório, esse paciente deve ser submetido a consultas regulares com o cirurgião e toda a sua equipe. Em geral, é necessário cuidado com a questão nutricional, através de uma dieta pastosa, que só depois vai evoluir na consistência, o que requer todo um aprendizado por longo tempo. O aspecto emocional também é importante para a perda de peso em que o paciente busca outros meios, ao invés da fuga na comida. Além disso, hoje sabemos que são necessárias algumas reposições de vitaminas e minerais após a cirurgia”, completa o especialista.

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