SAÚDE

Nova dose de vacina ataca quatro tipos de meningite

Agência Nacional de Vigilância Sanitária acaba de aprovar nova vacina conjugada para a prevenção da meningite dos tipos A, C, W e Y. Trata-se de uma única dose, a partir dos 12 meses

Thassiana Macedo
Publicado em 14/09/2014 às 12:29Atualizado em 17/12/2022 às 03:42
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar nova vacina conjugada para a prevenção da meningite dos tipos A, C, W e Y. Trata-se de uma única dose, a partir dos 12 meses de vida e sem limite de idade. Na rede privada já há uma disponível para esses sorogrupos, mas ela é indicada apenas a partir dos 2 anos de idade. O estudo clínico com crianças entre 12 e 23 meses de idade revelou eficácia de 99,7% da vacina para os sorogrupos A e C e de 100% para os sorogrupos Y e W-135. Os resultados também indicaram que a resposta imune se manteve alta após dois anos de vacinação para todos os sorogrupos.

Vale ressaltar que a bactéria causadora da doença é transmitida pela via respiratória, ou seja, gotículas de saliva, espirro e tosse, por exemplo, e por isso tanto a transmissão quanto a incubação são bem rápidas. Como a meningite pode causar surdez, epilepsia e até mesmo levar à morte em casos mais graves, a prevenção pela aplicação da vacina deve ser precoce, já que a maior taxa de incidência é nas crianças, pela ausência de anticorpos.

No entanto, adolescentes e adultos também não estão imunes à doença sem a vacina, pois ficam mais sujeitos a contrair a bactéria ao frequentar locais com grande aglomeração e quando são portadores de HIV e outras doenças crônicas. Segundo a Anvisa, a principal vantagem da nova vacina é que ela oferece a possibilidade de expandir a proteção da doença meningocócica para todas as idades.

De acordo com o infectologista Carlos Magno Fortaleza, a aplicação das vacinas pneumocócicas, que previnem contra a bactéria pneumococo, responsável por pneumonia, sinusite e meningite, presente no calendário nacional de vacinação, já demonstra importantes resultados, sendo que a ampliação pode promover a redução de casos e, também, de complicações.

Vale lembrar que a ocorrência de doenças crônicas aumenta o risco de doença pneumocócica em pessoas cujo organismo não está imunizado. É o caso do diabetes, que aumenta em 5,8 vezes a chance de desenvolver esse problema; doença pulmonar crônica, em 7,1 vezes; cardiopatia crônica, em 10,6 vezes; alcoolismo, em 11,3 vezes; neoplasia de órgão sólido, em 34,1 vezes; HIV/AIDS, em 48,1 vezes, e câncer hematológico, em 48,1 vezes.

Dados mostram que morrem um a cada 20 adultos que adquirem pneumonia por pneumococo; dois a cada dez adultos com bacteremia, e três a cada dez adultos com meningite. Por isso, a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda a vacinação rotineira também de adultos, que podem ainda ser agentes transmissores, caso não estejam protegidos.

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