Nenhuma dor no quadril, na região lombar da coluna ou que se estenda aos membros inferiores deve ser menosprezada. Segundo ortopedista, traumas no quadril geralmente não vêm acompanhados de sintomas específicos, mas quando não tratados podem levar ao desenvolvimento de doença conhecida como osteoartrose do quadril. O problema, que atinge de 5% a 10% da população, e é mais frequente em adultos de meia idade e idosos acima de 65 anos, mas pode surgir também em jovens que exageram nos exercícios físicos, por ser caracterizada pelo desgaste da cartilagem que forra as extremidades das juntas dos ossos.
Nova técnica de cirurgia desenvolvida pelo ortopedista e traumatologista Cristiano Rajão, que veio de Belo Horizonte, pode trazer solução para quem perde o sono com dores no quadril. O procedimento, denominado “artroscopia do quadril”, substituiu as cirurgias invasivas que necessitavam de internação prolongada, cortes de pelo menos 10 centímetros e a inserção de um enxerto na região desgastada do quadril. Com a nova técnica da artroscopia de quadril, não é necessário fazer cortes na região.
“A artroscopia é utilizada para solucionar problemas do quadril que antes somente poderiam ser feitos através de uma cirurgia ‘aberta’, com um enorme corte e grandes cicatrizes”, afirma. Segundo o especialista, a artroscopia ajuda o cirurgião a diagnosticar e tratar diversas doenças do quadril, através da visualização do interior da articulação, utilizando um pequeno instrumento semelhante a uma caneta, chamado artroscópio, para o qual se faz uma pequena incisão na pele, evitando sangramentos e infecções hospitalares.
Cristiano Rajão explica que a recuperação se torna mais rápida se comparada ao procedimento cirúrgico com o corte e o paciente sente menos dor, podendo, inclusive, obter a cura definitiva da doença, dependendo do estado de desgaste do quadril. “A artroscopia só não é recomendada para quem já estiver com o quadril em estado de desgaste muito grave ou quando tem pouca mobilidade”, destaca o especialista. O médico explica que o procedimento é muito bem-sucedido em adultos jovens e que, nesses casos, normalmente é possível conter a progressão da artrose do quadril, conseguindo evitar o uso da prótese no futuro.