SAÚDE

Novembro Azul: Especialista explica que exame de sangue é complementar e não substitui de toque

Raiane Duarte
Publicado em 03/11/2020 às 20:44Atualizado em 18/12/2022 às 10:45
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O penúltimo mês do ano chegou e traz como destaque a campanha do “Novembro Azul”, que visa a prevenção e veiculação de informações acerca do câncer de próstata do homem. Em entrevista à Rádio JM, o urologista Luciano Cartafina reafirmou a necessidade da realização do exame de toque. O especialista também explicou que este tipo de câncer é um dos mais frequentes no homem, por isso a importância de não deixar de realizar os exames. 

“O toque retal é simples e não precisa ter vergonha, é rápido, indolor, dura três ou quatro segundos no máximo e é complementado pelo Antígeno Prostático Específico (PSA), que é aquele exame feito no sangue. O PSA deve ser colhido três dias depois do toque, ou antes, desde que a pessoa não tenha feito relação sexual ou se masturbado, evitou andar de bicicleta, cavalo e moto. É bom lembrar disso, porque no caso da relação sexual, quando há ejaculação, a próstata contrai e joga PSA na circulação e ele vai ficar alto e o paciente irá pegar um alto falso”, explica. 

Quanto ao exame de toque, o médico explica que ele deve ser feito por aquele homem que tem mais de 45 anos de idade ou para aquele que tem um parente que teve câncer de próstata a idade recomendada é a partir dos 40 anos. Quanto aos tipos de exames, Luciano Cartafina é categóric o exame do PSA não elimina o do toque.

“Ninguém está livre do toque, nenhum substitui o dedo, porque quando passamos o dedo rapidamente na próstata, se ela tiver algum caroço eu posso pensar em câncer de próstata. Também acontece do PSA dar baixo e existir o câncer. Por exemplo, o homem fez apenas o PSA e deu 002, ele pensou: "não vou no doutor, não preciso", mas o problema é que há câncer de próstata que não produz PSA de tão grave que ele é, quanto mais grave é o câncer, menos PSA ele produz”. 

O especialista ainda explica que PSA alto nem sempre indica o câncer. “O PSA é uma proteína que a próstata, mas não só quando tem câncer, qualquer processo inflamatório ou infeccioso, uma prostatite crônica ou aguda, pode deixar o PSA alto, são vários fatores, como disse, se tiver uma relação sexual ou andar de bicicleta. Mas é importante ressaltar que não estou falando que andar de bicicleta dá câncer, não é isto, mas quem pratica o esporte, inclusive, tem que falar para o urologista para fazer o exame sem essa interferência”. 

 “Não corra do seu urologista por causa de um dedo, muito pelo contrário, com o dedo acerta-se em torno de 70% dos diagnósticos de câncer de próstata e com exame de sangue é cerca de 28%, a diferença é muito grande”. O especialista ainda complementa que no caso dos exames, se o de toque for positivo, tem uma ressonância multiparamétrica para confirmar antes de fazer a biópsia. Quanto aos ultrassons e a eficácia deste método, o médico pontua que é difícil diagnosticar um nódulo canceroso pela ultrassonografia, só se for algo bem gritante e que o mais importante é a ressonância multiparamétrica, pois ela tem uma alta sensibilidade.

Diagnóstico positivo e soluções

Depois da realização dos exames, se houver um diagnóstico positivo, a retirada do câncer vem em seguida. “Tem várias alternativas; o câncer você tira e joga fora e tem várias formas de tirá-lo do corpo, ou você faz a cirurgia convencional, laborastopica ou robótica. Quando você não tira com cirurgia, você “queima” com a radioterapia, só que na prática observamos que em 10 ou 15 anos, no caso da rádio, há uma chance desse câncer voltar e se ele voltar fica mais difícil de retirar, por isso preferimos a cirurgia”, conclui Luciano Cartafina. 

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