Com a novidade, os portadores da doença terão acesso a medicamentos ditos de primeira linha para a...
O Ministério da Saúde vai incorporar ao Sistema Único da Saúde (SUS) cinco novos medicamentos para o tratamento de pessoas portadoras de artrite reumatoide, doença autoimune que provoca graves inflamações. Com a novidade, os portadores da doença terão acesso a medicamentos ditos de primeira linha para a artrite disponíveis no mercado e registrados na Agência Nacional de Saúde (Anvisa). Os novos medicamentos que passam a ser oferecidos no SUS sã abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe.
Classificados como biológicos, esses medicamentos são elaborados com tecnologias modernas, maior poder de ação. Segundo o reumatologista Osvaldo Melo da Rocha, a medida é importante. “Temos hoje um grupo de medicamentos, ditos biológicos, com resultados espetaculares no controle e no tratamento da artrite. No momento, dispomos na rede pública de apenas três fármacos. Quando os pacientes não respondem a esse tratamento, não temos mais opções. E é exatamente isto que está sendo feito agora. Se estes falharem, estão sendo disponibilizados mais cinco produtos, igualmente de ponta e que a literatura mostra que são muito eficazes no controle da artrite reumatoide. Considerando que esta é uma doença de prevalência significativa na população, podemos dizer que esta medida contribui muito para a melhoria da saúde dos brasileiros”, esclarece.
Atualmente, o SUS disponibiliza dez medicamentos para o tratamento da doença, em 15 diferentes apresentações. Destes, três são biológicos (adalimumabe, etanercepte, infliximabe), que atendem cerca de 30 mil pessoas. Os medicamentos diminuem a atividade da doença, previnem a ocorrência de danos irreversíveis nas articulações, aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida do paciente.
A escolha entre o tipo de tratamento deve ser baseada nos seguintes critérios: características do paciente, segurança, comodidade posológica, tratamentos prévios e simultâneos, conforme definição em protocolo clínico do Ministério da Saúde. De 2010 até o momento, o número de medicamentos ofertados pelo SUS cresceu 47%, saltando de 550 para 810, conforme itens contidos na Relação Nacional de Medicamentos (Rename). A relação é atualizada a cada dois anos e inclui medicamentos da atenção básica, para doenças raras e complexas, insumos e vacinas.