SAÚDE

Número de fumantes cai 20% no país em seis anos, indica Unifesp

O número de pessoas que fumam caiu 20% nos últimos seis anos no Brasil, segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, divulgado pela Universidade Federal de São Paulo

Thassiana Macedo
Publicado em 13/12/2013 às 11:17Atualizado em 19/12/2022 às 09:50
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Durante o consumo do cigarro são introduzidas no organismo mais de 4.720 substâncias tóxicas

O número de pessoas que fumam caiu 20% nos últimos seis anos no Brasil, segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em 2006, o percentual de tabagistas era 19,3%, e no ano passado, caiu para 15,6%. No total, o Brasil tem 20 milhões de fumantes, sendo que 533 mil são adolescentes. Esse público foi o que mais reduziu o consumo de tabaco. Em 2006, 6,2% dos jovens eram fumantes e, em 2012, esse índice caiu para 3,4%, o que representa uma diminuição de 45%.

Na comparação entre gêneros, os homens continuam sendo os que mais fumam. Em 2006, 27% deles eram tabagistas e, em 2012, o percentual caiu para 21%. Entre as mulheres, o percentual de fumantes era 15%, em 2006, e houve queda para 13% em 2012 – redução de 13%. Para a pesquisa do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, foram ouvidos mais de 3 mil brasileiros a partir de 14 anos, em 2006, e 4,6 mil participantes em 2012. As entrevistas foram feitas em quase 150 municípios.

Durante o consumo do cigarro são introduzidas no organismo mais de 4.720 substâncias tóxicas, incluindo nicotina, monóxido de carbono e alcatrão, que é constituído por, aproximadamente, 48 substâncias pré-cancerígenas, como agrotóxicos e substâncias radioativas. Sendo o fumo passivo outro grave problema, principalmente com relação aos filhos de adultos que fumam. A pneumologista Maria Helena Castro e Silva explica que os derivados do alcatrão são compostos nocivos à saúde e causadores de doenças. “No pulmão, é o enfisema, uma doença que limita a qualidade de vida, gerando incapacidade física, e o câncer, sendo o que mais mata no mundo, como o tumor na laringe, na bexiga e no estômago”, alerta.

A médica lembra ainda que o cigarro está ligado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo fator de risco para infarto e AVC. “Um cigarro de palha corresponde a quatro cigarros de papel. Já a nicotina é a grande responsável pelo vício. E não é só dependência química; ela passa a ser física e psicológica, englobando tudo, pois provoca abstinência durante a falta e a vontade de fumar cada vez mais”, esclarece.

Há ainda a dependência psicológica que, por sua vez, está relacionada ao que o cigarro representa para o tabagista, como símbolo de autonomia e maturidade, ou a um hábito cotidiano, tal como tomar café, beber álcool e falar ao telefone, explica o pneumologista. “O primeiro passo é querer e decidir uma data para parar de fumar. O segundo é procurar a ajuda de um profissional. É preciso mudar hábitos de vida, como evitar os estimulantes, que são acompanhados pelo hábito de fumar. Buscar ajuda de amigos e familiares também é importante. E é essencial realizar o tratamento correto, juntamente com atividades físicas diárias e uma alimentação saudável e equilibrada”, frisa o pneumologista Renato Maciel.

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