Números de casos de Aids aumentam 13% em seis anos

Casos de Aids aumentaram nos últimos seis anos. Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, foi registrado aumento tanto do número de casos, em torno de 13%, quanto na mortalidade de pacientes portadores do HIV, em torno de 12%. De acordo com o médico infectologista Vitor Maluf, isso mostra que houve um relaxamento natural.

Este boletim, divulgado recentemente através de levantamento feito entre os anos de 2005 e 2011, mostra que os casos de Aids são detectados em grande parte nos jovens. Um fator bastante preocupante, segundo Vitor, é que os portadores estão descobrindo a doença de forma tardia.

“Quando a Aids se manifesta, pode ser em função de uma doença geralmente grave e fatal, levando este paciente à morte. A pessoa não tem a devida precaução, contamina-se e, normalmente, os sintomas demoram a aparecer. Em alguns casos, chega a dez anos. Durante esse tempo, como não sabe que é portador da doença, transmite o vírus para outros”, explica o infectologista.

O médico destaca, ainda, casos de tuberculose. Segundo ele, esta é uma doença que nunca deixou de existir. Apenas por um tempo não foi destaque do período, pois doenças infecciosas, além de serem sazonais, há o modismo. “Durante muito tempo, a tuberculose foi relegada ao segundo plano, mas isso não significa que não havia casos da doença. As pessoas não davam mais importância a ela. Até que aumentou o número de casos, bem como a resistência dos bacilos às medicações e a quantidade de óbitos”, relata.

Ainda de acordo com o infectologista, surgiram casos de tuberculoses em Uberaba que levaram as pessoas à morte em três dias após o diagnóstico da doença. “Um fator considerado alarmante, pois a tuberculose não é uma doença aguda em que a pessoa contrai e pode vir a morrer em poucos dias. Ao contrário, o paciente chega a tratar por muito tempo. É diferente de doenças como a gripe H1N1, hantavirose, infecções bacterianas”, afirma o médico.