SAÚDE

Obesidade pode se tornar grave problema de saúde para crianças

As dobrinhas que antes agradavam à família preocupam hoje as autoridades mundiais em saúde, já que o excesso de peso pode facilitar o surgimento de vários problemas de saúde

Publicado em 22/06/2014 às 12:11Atualizado em 19/12/2022 às 07:12
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A obesidade precoce não é apenas um problema estético, que incomoda pelo bullying que a criança possa sofrer pelos colegas. As dobrinhas que antes agradavam à família preocupam hoje as autoridades mundiais em saúde, já que o excesso de peso pode facilitar o surgimento de vários problemas de saúde. E os números assustam. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é estimado que o número de crianças obesas do Brasil cresceu 240% nas últimas duas décadas, e a Organização Mundial da Saúde calcula que, no mundo, uma em cada dez crianças está acima do peso.

Para o médico cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, o problema já é considerado uma epidemia mundial. “Hoje infelizmente tornou-se normal as crianças ganharem peso com facilidade. E muito disso se deve aos hábitos alimentares errados e ao estilo de vida sedentário, proposto pela sociedade atual. Fatores como a predisposição genética, ansiedade, distúrbios psicológicos e problemas com a convivência familiar podem fazer com que essa criança desenvolva a obesidade infantil”, comenta.

Isso significa que a chance de uma criança obesa ser um adulto com o mesmo problema é grande e, com a obesidade, podem aparecer outras lesões à saúde. O diabetes tipo II, até então encontrado só nos adultos, tornou-se um dos problemas correlatos. “Há também a hipertensão, os altos índices de colesterol e a síndrome metabólica, que é o resultado da junção de fatores de risco que aumenta as chances de doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio”, explica o especialista.

Por outro lado, o aumento de peso na infância, na maioria das vezes, vem da alimentação inadequada e da falta de atividade física, o que pode ser corrigido. “É preciso que os pais entendam o problema e se envolvam com ele. O bom exemplo de hábitos alimentares tem que vir de casa, ou seja, as crianças são reflexos dos pais e vão comer o que eles põem no prato. O ideal é ter no prato, diariamente, verduras, frutas e legumes, tanto no almoço quanto no jantar”, ressalta Pacheco.

Não é preciso ser radical e eliminar todas as comidas que os pequenos gostam: é preciso apenas ter bom senso. “Doces, lanches e refrigerantes podem ser consumidos, mas com menor frequência e quantidade. O importante é que os pais fiquem sempre atentos ao peso das crianças e que as apoiem na prática de atividades físicas. E por que não acompanhá-las de vez em quando? Uma volta no parque, jogar futebol com o filho, andar de bicicleta e pular corda. Existem tantas opções”, orienta o médico.

A melhor alternativa para a perda de peso é a união de dois fatores: a atividade física e a reeducação alimentar. E quanto mais cedo esse processo começar, melhor para o pequeno, pois quanto mais velha é a criança, mais difícil se torna o tratamento, já que os hábitos alimentares inadequados a acompanham há bastante tempo.

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