Para chegar a esse resultado, pesquisadores reuniram dados de onze estudos diferentes, realizados com mais de 600 mil pessoas no mundo
Estudo realizado pela clínica Mayo, em Minnesota, Estados Unidos, chegou à conclusão de que apresentar 109 centímetros de circunferência abdominal ou mais pode diminuir em até cinco anos a expectativa de vida de uma pessoa, mesmo que o Índice de Massa Corporal seja saudável. A pesquisa divulgada pelo jornal Daily Mail descobriu que homens e mulheres nessa condição são mais propensos a morrer de doenças cardíacas, problemas respiratórios e câncer.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores reuniram dados de onze estudos diferentes, realizados com mais de 600 mil pessoas em todo o mundo. Conforme o estudo, mulheres com cintura acima de 93 cm apresentaram risco de morte prematura 80% maior do que as com circunferência abdominal até 68 centímetros. O risco para as primeiras foi avaliado em cinco anos a menos de vida após os 40 anos. A cada dois centímetros a mais de cintura, o risco de mortalidade precoce subiu em 7% para os homens e em 9% para as mulheres.
No caso dos homens, a situação não é menos importante, já que aqueles com mais de 109 cm de cintura têm taxa de mortalidade 50% maior do que os com circunferência de até 88 centímetros. Ou seja, o índice equivaleria há três anos a menos de expectativa de vida após 40 anos completos. Neste sentido, a obesidade está diretamente relacionada a vários outros problemas de saúde, entre eles a apneia do sono, seja como causa ou consequência.
De acordo com o otorrinolaringologista Marcelo Hueb, estima-se que o ronco primário ocorra em cerca de 25% a 40% da população adulta e de 50% a 60% nos pacientes do sexo masculino acima de 60 anos, o que demonstra claramente a importância desse problema e as suas consequências sociais e familiares. “Nestes casos de ronco primário, ou seja, o ronco isoladamente, sem outras alterações, com o passar do tempo ocorre edema das áreas que vibram na produção do mesmo, como a úvula, que pode se tornar alargada e alongada, causando a sensação de desconforto na garganta e até mesmo pigarro”, afirma.
O especialista explica que esse “inchaço” acaba ocasionando mais obstrução à passagem do ar e, consequentemente, a manutenção ou até piora do ronco. “Em contrapartida, quando o ronco está associado à apneia do sono, as consequências são muito mais graves, associando-se a problemas de obesidade, hipertensão arterial, arritmias cardíacas e angina noturna, alterações dos níveis glicêmicos (açúcar) e lipídicos (gordura) no sangue, refluxo gastroesofageano, irritabilidade, perda de concentração, impotência sexual, cansaço e sonolência excessiva diurna, entre outras. Isso aumenta o risco de acidentes, da morbidade e mortalidade cardiovascular e AVC”, completa o médico.