A medicina tem investido em recursos para detectar problemas de saúde através do hálito. Especialistas vêm percebendo que o hálito ...
A medicina tem investido em recursos para detectar problemas de saúde através do hálito. Especialistas vêm percebendo que o hálito de pacientes com problemas de fígado e de rins, por exemplo, tem odores parecidos.
Segundo o cirurgião-dentista Ruy Francisco de Oliveira, atualmente, a medicina busca descobrir as melhores soluções para ligar as substâncias do hálito a doenças. “Hoje já possuímos alguns equipamentos que podem detectar gases que possuem componentes voláteis, ou seja, são percebidos pelo odor exalado pelo ar. Esses gases possuem compostos sulfurosos, enxofre, que são eliminados causando um odor desagradável. É o que chamamos de halitose”, explica.
Alimentos que comemos têm como reação soltar os gases dentro do organismo e parte desses gases volta pela boca. A maior parte da halitose, no entanto, vem de problemas na boca. A saburra, placa branco-amarelada que fica na língua, é um depósito de bactérias que liberam gases durante a sua proliferação. “Outras causas frequentes são a salivação baixa, chamada de xerostomia, e a descamação bucal, que aumentam a formação dessa saburra e o acúmulo de bactérias que causam o mau hálito”, afirma.
A xerostomia ou boca seca pode ser causada por diversos motivos, doenças sistêmicas, como diabetes, remédios utilizados para o controle da pressão, dietas de emagrecimento, tratamentos quimioterápicos, entre outros. A presença de acetona, por exemplo, pode indicar diabetes e um cheiro ácido pode apontar para asma. “Além da escovação correta, fio dental e limpador lingual, a descoberta de um agente químico eficaz na eliminação das bactérias envolvidas na halitose foi um grande avanço nesse sentido. O dióxido de cloro é um antibacteriano que se revelou como altamente eficaz na prevenção e no combate a infecções bucais e na eliminação dos odores causados pela halitose”, ressalta Oliveira. (TM)