Conforme levantamento recente da Organização Mundial de Saúde, 80% da população mundial teve ou terá dor nas costas alguma vez na vida, o que infelizmente não é diferente no Brasil
Conforme levantamento recente da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população mundial teve ou terá dor nas costas alguma vez na vida, o que infelizmente não é diferente no Brasil. Para o órgão, sofrer pelo menos uma vez na vida com o problema só é menos inevitável que pagar impostos. Dores nas costas representam a segunda maior causa de incapacitação para o trabalho, perdendo somente para a dor de cabeça.
De acordo com a fisioterapeuta Erika Cruz, o primeiro passo é desconfiar de qualquer dor nas costas. Isso porque, por mais simples que pareça, a dor pode ser sinal de problemas mais graves na coluna. Problemas que, se descobertos precocemente, têm solução. “Essa dor pode ser oriunda de compressões nervosas ou tensões musculares no segmento da coluna e adjacências. Porém, outros sinais devem ser observados, como , por exemplo, quando surgirem associados ou não à dor, formigamento ou dormência em pernas, braços, dores de cabeça, dores de ouvido, sintomas de labirintite, sensação de ‘aperto’ na nuca, diminuição de forças em braços ou mãos, fraqueza nas pernas e dores nas costas ao respirar”, alerta.
Erika Cruz ressalta que o segundo passo é evitar a automedicação, que acaba mascarando a causa do problema, e buscar ajuda especializada, pois só o especialista saberá identificar as causas dessas dores e sintomas. Ela esclarece que, mesmo quando a pessoa se preocupa com a postura correta e ainda sente dor, é preciso lembrar que não apenas os desvios de coluna provocam dor. “Ela pode ser causada por tumores, compressões de raízes nervosas, como hérnias de disco; pela presença de processos degenerativos, como ‘bico de papagaio’ e artroses, entre outras”, afirma.
O fisioterapeuta Júlio César Sousa Ribeiro explica que, antes de se propor a cirurgia, é preciso tentar medicação associada com a fisioterapia e técnicas afins, como a acupuntura. “Ultrassom, eletroestimulação e termoterapia são muito usados, mas limitados. Aliviam a dor, mas não atuam diretamente na compressão. Tração eletrônica, pilates, osteopatia, reeducação postural global (RPG), quiropraxia, entre outras, atuam sobre a causa mecânica da dor e têm potencial de resolver o problema”, frisa.
Entre as técnicas mais modernas, destaca-se a reconstrução músculo-articular da coluna vertebral (R.M.A. da coluna vertebral). “É um método que associa a fisioterapia manual à tecnologia de mesas de tração e descompressão e exercícios de estabilização vertebral. O diferencial desta técnica está no uso da tecnologia para promover a descompressão das estruturas intervertebrais da coluna, bem como o fortalecimento específico dos músculos que lhe dão sustentação”, informa o especialista.