Em pleno o calendário olímpico, o mundo dos esportes se encontrou com temas ligados a saúde pública. Desta vez, a saúde mental foi motivo de discussão. Logo na abertura dos jogos, o destaque foi para a tenista Naomi Osaka, japonesa que, neste ano, desistiu de competir no Torneio de Wimbledon - o mais antigo do mundo, que acontece no Reino Unido - como uma forma de preservar a sanidade mental. Foi ela quem acendeu a chama olímpica em Tóquio.
Com o início dos jogos, a ginasta estadunidense Simone Biles desistiu de competir em algumas modalidades olímpicas e justificou o ocorrido como uma forma de proteger sua mente. Estes fatos não são isolados, mas sim apenas alguns exemplos sobre como a saúde mental dos atletas também deve ser levada em conta para um bom rendimento físico. Quem explica isso são os especialistas da área.
Entendendo a importância de se ter um acompanhamento adequado, o psicólogo do Sistema Hapvida/RN Saúde, Mário Roberto Soares, fala sobre a pressão imposta aos atletas durante essas competições. “Nós estamos vivendo em uma época de competitividade muito acirrada, e esse acompanhamento tem que ser constante, onde você trabalha a possibilidade de perda e de uma falha. Realmente, as olimpíadas não são para amadores, são os melhores do mundo ali, estão competindo com o mundo todo”, destaca o especialista.
E pela dimensão do evento, Soares reflete sobre a importância de uma rotina de acompanhamento psicológico, onde o atleta deve entender suas limitações. “Eu digo que o atleta não é só um resultado em uma quadra, em uma pista ou em um campo. Ele vai muito mais além, ele é uma história de vida, alegria, tristeza, aceitação. Lidar com isso é um trabalho para encontrar o ponto de equilíbrio. Esse acompanhamento psicológico é muito importante e ele tem que acontecer. Sem uma mente saudável, o corpo não vai conseguir bons resultados”.
Assim como nos treinos físicos, o preparo psicológico não acontece de forma instantânea. Neste sentido, o psicólogo destaca a importância de se adotar uma rotina de cuidados. “O acompanhamento terapêutico e o preparo psicológico dos atletas não deve acontecer só no período das olimpíadas, mesmo porque o resultado psicológico não se alcança do dia para a noite, ele é um processo onde você aprende a lidar com o seu momento, aprende a lidar para não ser escravo do passado ou do futuro, mas sim aprender a focar, e esse foco depende de uma constância”, reforça o especialista.
Para reduzir os danos causados nesse sentido, Soares finaliza destacando a importância do apoio público para estes profissionais, entendendo que eles podem cometer falhas ou simplesmente não corresponderem às expectativas do momento, como foi o caso da ginasta Simone Biles, mas isso não deve ser motivo para julgamentos. “Ela canalizou todo o foco da vida dela para a ginástica, e de repente essa possibilidade de não corresponder às expectativas das pessoas que estavam ao seu redor e do seu país, além da possibilidade de não estar no pódio, de não manter as medalhas ou o sucesso, eu creio que dificultou bastante o processo dela. Lidar com essa perda é frustrante, mas isso não pode ofuscar o brilho que ela teve durante o seu processo. É por isso que eu digo que o apoio da equipe, do técnico e familiares é fundamental para quem participa de competições”.
Sobre o Sistema Hapvida
Com mais de 7,1 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 37 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 47 hospitais, 201 clínicas médicas, 45 prontos atendimentos, 173 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.