SAÚDE

OMS pede mais ações públicas voltadas à prevenção do suicídio

Estimativa da Organização Mundial da Saúde é de que quase 3 mil pessoas tiram a própria vida todos os dias no mundo

Publicado em 26/09/2012 às 11:50Atualizado em 19/12/2022 às 17:12
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Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que quase 3 mil pessoas tiram a própria vida todos os dias no mundo. Isso representa um suicídio a cada 40 segundos. Nos últimos anos, foi observado também o aumento de 60% destes casos. Por isso, a OMS divulgou pedido de mais ações de prevenção.

E essas iniciativas são de responsabilidade individual e coletiva, devendo ser lideradas pelos governos e pela sociedade civil.

O Brasil ainda se encontra no grupo de nações com baixa taxa de suicídios, embora esteja entre os nove países com maior número de casos. São 4,5 suicídios para cada

100 mil habitantes.

Apesar de prevenível, o suicídio é uma das três principais causas de morte entre pessoas com idade na faixa de 15 a 44 anos, sendo a segunda maior causa de óbito dos 15 aos 19 anos. Com base nesse retrato, o Ministério da Saúde criou Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio, a fim de que cada estado desenvolva estratégias de promoção de qualidade de vida, de proteção e recuperação da saúde e de prevenção do suicídio. Porém, o tema dificilmente é tratado abertamente pela sociedade e pelos governos.

Coordenadora da comissão de divulgação do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Uberaba, Valderli Menezes ressalta que ninguém procura realmente a extinção da própria vida. Na realidade, essa atitude deve ser considerada um ato extremo de comunicação, a última forma que uma pessoa encontra de fazer com que os outros saibam de seu sofrimento. “Hoje, nosso enfoque é na valorização da vida. E, consequentemente, prevenimos o suicídio quando se dá importância à pessoa que está passando por um sentimento de perda ou de qualquer outra ordem. Quando a pessoa fala com um voluntário do CVV, ela realmente é aceita, é acolhida e é respeitada. O voluntário não vai tirar-lhe a ideia suicida. Ele não fala para o outro não cometer o ato.

O CVV aceita o outro porque, para o centro, o suicídio é um gesto de comunicação. Pode ser extremo ou o último gesto, mas é um pedido de socorro quando a pessoa está no limite”, afirma.

Para a coordenadora, o ser humano se equilibra em uma balança, entre o desejo de viver e o desejo de morrer, e quando passa a viver situações de forte dor e sofrimento, o extinto de sobrevivência vai sendo sobrepujado pelo desejo de não sofrer mais. “Não é que ela tenha o desejo de morrer, e sim matar o que a faz sofrer. Esse é o nosso estudo. Com 50 anos de CVV no Brasil, o centro começou realmente tentando fazer com que a pessoa não cometesse o suicídio. Hoje, sei que quando uma pessoa liga para o CVV é porque tem uma luz no fim do túnel, ela ainda tem esperança de que alguém a compreenda, a respeite e a entenda. Então, não vou falar para ela não se matar, vou ouvi-la e vou tentar ver dentro dessa pessoa o que está levando ela a fazer aquilo”, explica Valderli.

 

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