SAÚDE

Ortopedista alerta sobre os cuidados com a coluna vertebral

Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do total de 2,34 milhões de mortes em trabalho a cada ano, 321 mil se devem a acidentes

Publicado em 29/07/2014 às 18:54Atualizado em 19/12/2022 às 06:41
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Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho, do total de 2,34 milhões de mortes em trabalho a cada ano, 321 mil se devem a acidentes. As outras 2,02 milhões são causadas por diversos tipos de enfermidades relacionadas ao trabalho, o que equivale à média diária de mais de 5.500 mortes. Dentre os acidentes sem mortes, que geram lesões de parciais a graves, a coluna vertebral aparece com destaque, levando muitos trabalhadores a se afastarem de suas atividades.

Como explica o neurocirurgião, especialista em coluna, chefe do setor de Cirurgia da coluna vertebral do Departamento de Neurocirurgia da Unifesp, Alexandre Reis Elias, algumas funções são consideradas de maior risco de acidentes para a coluna, como as executadas por motoristas em geral, motociclistas, caminhoneiros, carregadores, trabalhadores da área da construção civil e até esportistas que praticam atividades de alto impacto.

“A área comumente mais afetada nos acidentes de trabalho é a cervical e a torácica, sendo a cervical mais suscetível à gravidade, devido à sua mobilidade e possibilidade de atingir o sistema nervoso e rompimento da medula. Já as lesões localizadas na região mais estável da coluna, a baixo lombar, costumam apresentar menor gravidade”, relata o médico.

Dois exemplos recentes de acidentes que lesaram a coluna de esportistas, com gravidade diferente, são o caso do jogador de futebol Neymar Jr. e da ginasta Laís Souza. No primeiro, com uma lesão no processo transverso, anexo do eixo central de coluna, o tratamento basicamente se baseia em medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, além de colete para imobilizar a área afetada.

Já em casos como o de Laís Souza, que sofreu uma grave lesão da medula, quando treinava para as Olimpíadas de Inverno em Sochi, o quadro, geralmente, necessita de procedimentos mais complexos. “O tratamento depende do nível da lesão da coluna, podendo ser realizada cirurgia reparadora de diferentes níveis, visando, ainda que não haja volta dos movimentos do paciente, a estabilização da sua coluna para melhor qualidade de vida”, relata o especialista.

Independente do caso, Alexandre Elias chama a atenção para a necessidade de reforçar a prevenção dos acidentes, através da medicina do trabalho e itens de segurança orientados para a execução de atividades de risco de quedas e ferimentos. “Valem também o bom senso e cuidados com a coluna e postura em geral, mesmo para aquelas atividades leves, mas muito repetitivas, como ficar de pé ou sentado por muitas horas. Mesmo que elas não apresentem risco de acidentes, em longo prazo podem causar desgaste e agravar problemas já instalados”, conclui.

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