Os homens devem aprender a cuidar da saúde

Inúmeras doenças poderiam ser evitadas se os homens não resistissem em buscar ações preventivas procurando os centros de saúde com mais frequência. O alerta é do coordenador da Área Técnica de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Eduardo Schwarz, em audiência pública, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que tratou de políticas públicas para a saúde do homem. 

Para se ter uma ideia, a cada três mortes de pessoas adultas, duas são homens. A cada cinco pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, quatro são homens. Além disso, estatísticas revelam que homens vivem em média sete anos menos que as mulheres. Isto porque não cuidam da própria saúde. O câncer de próstata, por exemplo, é o câncer mais frequente no homem e representa mais de 40% dos tumores que atingem o sexo masculino em idade superior aos 50 anos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que 50 mil novos casos aparecem por ano no Brasil.

De acordo com Schwarz, entre as principais barreiras ainda está a ideia de que ser homem é ser forte e que doença é sinal de fragilidade, o que infelizmente é reforçado pela rede de saúde, que possui serviços dirigidos exclusivamente a crianças, mulheres e idosos.

Para o urologista Antônio Fernando Hueb, os acidentes vasculares cerebrais, infartos, as doenças da próstata e as relacionadas ao trabalho estão entre as principais causas de mortalidade do homem. Além disso, enfermidades ligadas ao alcoolismo e tabagismo, como também os altos índices de acidentes e violência são outros grandes vilões para a população masculina. “Os homens fumam e bebem mais do que as mulheres.

E também se envolvem em mais brigas”, alerta o médico. O especialista lembra que ainda existe uma grande resistência dos homens em procurar os serviços de saúde de forma preventiva, especialmente devido à responsabilidade de provedor na família e ao preconceito. (TM)