SAÚDE

Osteoartrite atinge 15 milhões de brasileiros

Thassiana Macedo
Publicado em 04/03/2010 às 22:39Atualizado em 17/12/2022 às 06:01
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Dor que pode piorar com movimentos, inchaço, calor local, rigidez, dificuldade de andar ou fazer as atividades habituais, pode ser sintoma de uma das doenças reumáticas mais comuns, a osteoartrite. A doença ocorre devido à inflamação e degradação da cartilagem nas articulações, que podem atingir também ossos abaixo da cartilagem, ligamentos e tendões. Dados do Ministério da Saúde dão conta de que a doença atinge cerca de 80% da população acima dos 70 anos de idade. De acordo com o reumatologista Felipe Prata Miziara, existem dois grupos principais, a osteoartrite primária e a secundária. O tipo primário não tem causa conhecida. Já o grupo secundário está relacionado a questões genéticas, endócrinas, como o diabetes, gota, trauma, às artrites inflamatórias autoimunes, como a artrite reumatoide.   Entre os principais fatores de risco, o especialista destaca a idade, predisposição genética, muito comum na artrose de mãos, obesidade, fortemente ligada à artrose de joelhos, trauma repetitivo numa mesma região, alterações mecânicas das articulações, como desalinhamentos e instabilidades. “A osteoartrite não é uma consequência do envelhecimento, mas está muito presente em pessoas acima dos 65 anos, sendo considerada a doença reumática mais comum nessa faixa etária”, destaca Miziara. Segundo o especialista, a doença pode ser detectada precocemente, por isso a automedicação deve ser evitada, pois pode atrasar o diagnóstico e o tratamento precoce. “Existem vários medicamentos hoje para retardar ou estabilizar a inflamação e a degradação articular, para a dor, infiltrações articulares em casos selecionados etc. Outra fase do tratamento envolve fisioterapia, exercícios físicos supervisionados, uso de aparelhos para corrigir deformidades e auxiliar em caminhadas”, afirma. Em determinadas fases da doença e quando não há melhora, alguns pacientes selecionados podem precisar de tratamento cirúrgico, com a substituição da articulação doente por uma prótese.   Os locais mais atingidos são mãos e pés, joelhos, coluna vertebral e quadril. E a melhor forma de resolver o problema ainda é a prevenção, que funciona combatendo-se os fatores de risco. “Como a idade e a predisposição genética são inevitáveis, devemos estar atentos ao sobrepeso e ao sedentarismo, que são os grandes vilões dessa doença. A falta de exercícios leva à atrofia muscular, que piora o quadro. Porém existem exercícios, principalmente os de impacto, que podem ser prejudiciais para algumas pessoas, levando-se em conta a fase da doença”, afirma o reumatologista.  

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