Sensação de corpo estranho, interferências na qualidade da imagem, ardência ou lacrimejamento podem ser sintomas de olho seco
Sensação de corpo estranho, interferências na qualidade da imagem, ardência ou lacrimejamento podem ser sintomas de olho seco. De acordo com o oftalmologista João Antônio Prata Júnior, o problema não se restringe à falta de lágrimas. “A lágrima tem várias funções, desde funcionar como lente, lubrificação até defesa. E a pessoa que tem o olho seco tem dificuldade de lubrificação natural do olho”, explica. O problema está associado a várias causas, como outras doenças oculares ou doenças sistêmicas, como, por exemplo, o reumatismo.
O especialista destaca que o clima tem importante papel na ocorrência de crises, assim como a poluição presente no ar seco. O tratamento busca primeiro descobrir o tipo de olho seco através de um diagnóstico com o oftalmologista de confiança. “Após os exames, que vão identificar a causa, há uma série de lubrificantes e até comprimidos que a pessoa pode tomar para solucionar o problema, mas que só o oftalmologista pode recomendar”, alerta.
Prata Júnior destaca que nenhum remédio deve ser usado sem orientação médica, mas existem colírios que não trazem complicações. “Apenas o oftalmologista pode determinar qual o melhor lubrificante ocular para cada caso. Já entre os colírios populares, muitos deles têm conservantes e podem até agravar o problema de quem tem olho seco”, esclarece.
Para quem trabalha muito com leitura e com computadores ou telas luminosas, o especialista dá algumas dicas para minimizar as crises. “Basicamente, usar o lubrificante recomendado pelo oftalmologista e lembrar-se de fazer as pausas no momento adequado, que nem sempre se restringe à frequência, de duas em duas ou de três em três horas. Mas sim no momento em que a pessoa começa a ter algum incômodo”, completa. (TM)