SAÚDE

Pacientes de hospital buscam apoio de grupo para deixar de fumar

Pesquisa mostra que, na América Latina, os brasileiros são os que mais sofrem arrependimento por ter começado a fumar. É o que revela pesquisa feita em 20 países do mundo

Thassiana Macedo
Publicado em 05/06/2014 às 19:00Atualizado em 19/12/2022 às 07:27
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Pesquisa mostra que, na América Latina, os brasileiros são os que mais sofrem arrependimento por ter começado a fumar. É o que revela pesquisa feita em 20 países do mundo. Os dados constam de relatório inédito de um projeto internacional que avalia políticas de controle de tabaco (ITC), divulgado em Brasília por um grupo de entidades, entre elas o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Entre os brasileiros pesquisados, 85% dos homens e 89% das mulheres lamentam ter começado a fumar; a média para o país é de 87%.

Para ajudar pacientes e colaboradores a parar de fumar, a Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central (ACCBC/Hospital Dr. Hélio Angotti) criou o Grupo Antitabagismo. De acordo com o presidente do Hospital, Délcio Scandiuzzi, trata-se de equipe multidisciplinar, com médica, psicólogo, enfermeiras, nutricionista e assistente social. O grupo já abordou dezenas de colaboradores e pacientes fumantes, mas muitos desistem da tentativa de deixar o cigarro. Outros nem começam a frequentar as reuniões. “É muito difícil para o fumante deixar esse vício, pois a nicotina fica impregnada no organismo, afetando o cérebro da pessoa. A maioria diz não parar por falta de vergonha, mas não é bem assim”, informa.

O grupo de apoio, criado no Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, segue dando suporte aos pacientes e colaboradores com vontade de deixar de fumar. “Fazemos reuniões semanais com cada paciente ou colaborador, ministrando medicamentos, como os adesivos que auxiliam nesta terapia, e conversando muito com eles”, diz o psicólogo Alexandre Barbosa. Ele mesmo é ex-fumante. Tendo fumado por 36 anos e parado há 14, Barbosa é um testemunho importante de que, com esforço, é possível parar.

A vontade insistente de voltar ao tabagismo é a maior complicação, mas o importante é não desistir, anima a médica Cláudia Arminda Correa, integrante do grupo. “E é assim mesmo, cada dia é um dia, como acontece com o alcoólatra. É uma luta constante. Pesquisas indicam haver excelente recuperação da saúde se o fumante conseguir se livrar do cigarro antes dos 30 anos de idade. Mesmo após esta idade, a eliminação do cigarro é muito importante para a regeneração de pulmões e outros órgãos”, completa.

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