SAÚDE

Pais devem monitorar experiências de menores na internet

Especialista revela que os pais devem monitorar a vivência dos filhos na internet, estabelecendo regras e supervisionando o cumprimento delas

Publicado em 17/04/2012 às 13:58Atualizado em 19/12/2022 às 20:07
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Na semana passada, uberabenses se mobilizaram nas buscas de menina de pouco mais de 10 anos, dada como desaparecida pela família. Dias depois, ela foi encontrada com um jovem de 22 anos, com quem chegou até a fazer uso de drogas. A mãe chegou a dizer que controlava os passos da menina aplicando regras como horário para que a menina chegasse em casa e que a maior parte do tempo ocioso da jovem era dedicado ao computador. Porém, assim como em outros casos, o perigo do desvio de crianças e adolescentes pode estar no que fazem pela internet.

Para a psicóloga Laís Mutuberria Vieira, os pais devem monitorar a vivência dos filhos crianças e adolescentes na internet, estabelecendo regras. “E não é somente estabelecer regras, como, por exemplo, o tempo de uso da internet por dia, se os pais não monitoram o que os filhos fazem e se cumprem, a regra cairá em descrédito. O jovem começa a acreditar que o pai acha que controla ou determina alguma regra dentro de casa. Por isso, além de estabelecer as regras, os pais devem supervisionar e monitorar os filhos na internet”, revela.

A especialista destaca que os riscos provenientes dessa exposição desregrada de crianças e adolescentes na internet é importante. “Hoje, os pais trabalham demais e as crianças têm livre acesso ao computador. Mas computadores dentro de casa têm que ter senha, o uso deve ser feito na presença de um adulto. Não é que o pai precise estar do lado, mas deve estar em casa e saber o que a criança está fazendo, com quem está conversando etc. As meninas estão descobrindo seu corpo e, pela descoberta, acham a transformação muito bonita. Tiram fotos de biquíni e colocam na internet, o que é muito perigoso. Os pais têm que tomar cuidado, porque hoje não se sabe quem pode pegar essas imagens e como vão usá-las”, alerta a psicóloga.

Repercussão. O ideal, segundo Laís Mutuberria, é que os pais monitorem e que a criança ou adolescente não permaneça mais do que duas horas por dia na frente do computador, da televisão ou do videogame. No caso da menina que foi dada como desaparecida na semana passada, a psicóloga destaca que houve uma falha no processo de caminhar lado a lado entre pais e filhos. “Os pais têm que estar junto com seus filhos, conhecendo quem são seus amigos, qual o trajeto da escola, que horas sai e chega em casa, quais são os telefones dos colegas e das mães desses colegas. Deve estar sempre muito presente na escola para que o professor conte como é o comportamento desse filho no ambiente escolar. E se os pais não estão a par da vida de seu filho essas tragédias acontecem”, frisa Laís.

Quanto à falta à escola, como foi o caso da menina de pouco mais de 10 anos, a psicóloga alerta que, se houver a falta de cerca de 90 dias, existe o risco de os pais perderam a guarda dessa criança por configurar negligência. Sobre o envolvimento com o jovem de 22 anos, Laís Mutuberria destaca também que é papel dos pais dialogarem com os filhos sobre namoros, carícias, sexo e relacionamentos, evidenciando quando é hora de namorar, o que pode e não pode dentro de um namoro, dependendo da idade, e quais os fatores necessários para que um relacionamento a dois tenha sucesso.

 

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