SAÚDE

País registra queda de 26% nos casos de hanseníase

O recuo da doença é um dos destaques do estudo Saúde Brasil 2011, apresentado durante a 12ª Mostra...

Publicado em 25/10/2012 às 11:05Atualizado em 19/12/2022 às 16:40
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Nos últimos 10 anos, o número de casos de hanseníase no Brasil caiu 26%. Em 2011, foram registrados 33.955 casos novos, contra 45.874 em 2001. O recuo da doença é um dos destaques do estudo Saúde Brasil 2011, apresentado durante a

12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). Em Uberaba, foram registrados, em 2010, 37 casos da doença, índice que caiu para 35 em 2011 e chega a 37 pessoas em tratamento, das quais 15 receberam diagnóstico em 2012.

Segundo a referência técnica em hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde, Adriana Naves Coelho, a maioria desses diagnósticos é feito em homens já em estado avançado da doença, muitas vezes quando os sinais da hanseníase já aparecem por todo o corpo. “Porque a mulher, quando vê uma mancha, procura logo atendimento, já faz o diagnóstico e em seis meses termina todo o tratamento. A explicação é que a mulher é mais vaidosa.

O homem não. Ele demora a procurar tratamento ou nem procura. Nós é que diagnosticamos ao fazer outros atendimentos, como medição da pressão, analise da glicemia ou quando a pessoa tira a camisa para receber uma vacina. É aí que vemos uma série de manchas”, esclarece.

O estudo, que analisa a situação de saúde dos brasileiros, revela ainda que o coeficiente de detecção de casos novos por 100 mil habitantes também reduziu 34%. Para Adriana Naves, não se pode dizer o mesmo sobre Uberaba, já que ela acredita que esse número ainda está subnotificado. “Quem deveria estar verificando se existe a hanseníase nos bairros são as equipes de Saúde da Família. Há áreas que não têm nenhum paciente, mas não sabemos se realmente não têm ou se as equipes fazem busca desses pacientes. Por isso, todo ano damos treinamentos para que as equipes se qualifiquem para fazer o diagnóstico mais precoce possível”, frisa.

Atualmente, as equipes de Saúde da Família estão recebendo treinamento para capacitar os agentes a detectar a presença da hanseníase. Das 48 equipes que atuam em Uberaba, cerca de dez já receberam informações atualizadas sobre a doença, mas a referência técnica explica que, para haver o diagnóstico precoce, é importante que as pessoas também estejam atentas aos sintomas iniciais da doença. Mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada deve ser o primeiro sinal de atenção. Essa mancha costuma ter perda de sensibilidade tanto ao calor quanto ao frio, nela há queda de pelo e é um local que não tem sudorese. Qualquer pessoa que tenha alguma mancha com estas características, em qualquer parte do corpo, deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência, o mais rápido possível, e ser avaliada. Adriana Naves destaca que não há motivo para se ter preconceito contra portadores da doença, pois o tratamento, oferecido gratuitamente pelo Estado, termina na cura da hanseníase. Se a pessoa tem menos de cinco manchas pelo corpo, o tratamento pode durar até seis meses, e acima disso, chega a se prolongar por um ano. E a transmissão da doença termina assim que o paciente inicia a terapia.

 

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