Palestra educativa da Oasis aborda prevenção ao câncer infantojuvenil

Em função do Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantojuvenil, lembrado no dia 23 de novembro, a Organização dos Amigos Solidários à Infância e à Saúde de Uberaba (Oasis) e o Programa Classe Hospitalar, coordenado pela voluntária Maria Feliciana da Silva Bracarense, realiza palestra educativa sobre o tema nesta quinta-feira, dia 22, às 14h, na sede da associação.

De acordo com a médica Pollyanna Cristina Bernardes Valize, da área de Hematologia Pediátrica, do Hospital de Clínicas, da UFTM, a finalidade da palestra é estimular ações preventivas relacionadas ao câncer infantojuvenil. Para ela, revelados quais são os sinais e sintomas de um câncer, é possível iniciar o tratamento precocemente e obter um índice maior de cura. “O tipo de câncer mais comum na criança é a leucemia. É uma doença que dá sintoma rapidamente. Geralmente, em alguns dias ou semanas é possível descobrir quando a criança começa a apresentar palidez, sangramentos pelo nariz ou gengiva, manchas roxas, crescimento da barriga devido ao inchaço do fígado e do baço, aparecimento de ínguas, bem como febre, prostração e perda de apetite.

É importante saber disso, mas não é preciso apavorar, pois alguns desses sinais podem ser sintomas de doenças infecciosas comuns na infância”, esclarece Pollyana.

No caso de tumores abdominais, pode-se perceber a presença de intestino preso ou caroços fora do normal na barriga da criança. Se for um tumor no tórax, há falta de ar, tosse, rouquidão, inchaço do rosto ou veias do pescoço mais salientes. Esses são sinais de que está havendo alguma compressão no corpo da criança, como, por exemplo, pelo crescimento de um tumor. Caso a criança apresente crises convulsivas, quedas muito frequentes, perda de força, andar vacilante, quando a criança para de andar ou tem perda de visão podem ser sinais de tumor no sistema nervoso central. Se a criança apresentar uma mancha branca em um dos olhos ao tirar uma fotografia, é sinal de câncer na retina.

Por isso, a hematologista destaca que ao surgir um conjunto de sintomas como esses, que se prolongam por uma ou duas semanas, sem mudança, o ideal é procurar um pediatra, que é o profissional preparado para detectar alterações que necessitam de atendimento especializado.

Atualmente, o câncer infantojuvenil é considerado raro quando comparado com os tumores de adultos. No entanto, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele ainda corresponde a 3% dos casos no Brasil e merece a mesma atenção, já que atinge em torno de

11 mil crianças e adolescente por ano, no país. A associação fica na rua Miguel Abdanur, ao lado do Conservatório Estadual de Música “Renato Frateschi”.