Paralisia do sono (Foto/Ilustrativa)
A paralisia do sono é um distúrbio do sono que pode ser muito assustador para quem o experimenta. Durante um episódio de paralisia do sono, a pessoa fica temporariamente paralisada, incapaz de se mover ou falar, apesar de estar consciente. Embora os episódios, geralmente, durem apenas alguns minutos, podem ser muito intensos e causar sensação de angústia e medo.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, a médica neurologista Camila Fedato explicou que a paralisia é mais comum na fase adulta e na meia-idade, e pode ser desencadeada por fatores como privação de sono, estresse, uso de hipnóticos ou antidepressivos, e transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão. “Embora a paralisia do sono não seja perigosa em si mesma, pode ser um sinal de outros problemas de sono subjacentes, como apneia do sono”, explica.
Embora não seja necessariamente genética, pode-se encontrar um padrão familiar. “Uma hipótese é que a falta de sincronia entre mudanças na atividade cerebral e a atonia muscular na fase REM do sono seja responsável pela paralisia temporária”, explica Camila.
Segundo a médica, a paralisia do sono normalmente não precisa de tratamento, mas a experiência pode ser muito ruim para quem a sente. “É importante buscar um profissional caso os sintomas sejam recorrentes ou causem impacto significativo na qualidade de vida”, reforça Camila.
Algumas das estratégias que podem ajudar a prevenir a paralisia do sono incluem manter um horário regular de sono, evitar o consumo de álcool e cafeína antes de dormir, e reduzir o estresse por meio de técnicas de relaxamento, como meditação e ioga. Além disso, tratar quaisquer problemas subjacentes à saúde mental pode ajudar a reduzir a incidência de paralisia do sono.