SAÚDE

Paralisia infantil continua erradicada no país com a imunização em dia

O último caso de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, foi registrado no Brasil em 1989. O país recebeu da OMS

Publicado em 07/06/2013 às 10:28Atualizado em 19/12/2022 às 12:36
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O último caso de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, foi registrado no Brasil em 1989. O país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de erradicação da doença em 1994. No entanto, ela não deixou de existir em outros países, como Nigéria (África), Índia, Afeganistão e Paquistão (Ásia). “A poliomielite é causada por três tipos de vírus, o polivírus, e em 95% dos casos é assintomático, passando como um resfriado e realmente sem manifestação clínica nenhuma. Em 5% dos casos é que se tem manifestação clínica leve, com febrícula, às vezes com dor de garganta, tosse e um quadro respiratório alto. E apenas 1% desenvolve a paralisia”, explica o pediatra Sandro Penna Corrêa.

No Brasil, a doença foi erradicada, mas ainda hoje é encontrada em populações com baixo nível socioeconômico e onde o saneamento básico é precário e não existe um programa de vacinação adequado e eficaz como o do Brasil. “O vírus é eliminado pelas fezes, contamina o ambiente, a água, os alimentos e se espalha rapidamente via oral ou fecal. Sai muito mais barato um programa de vacinação eficaz do que tratar pessoas sequeladas e que terão uma série de limitações pelo resto da vida”, informa.

De acordo com o pediatra o vírus da poliomielite tem um curto período de sobrevida quando está no ambiente, porém sempre em grandes quantidades quando numa situação de epidemia. “O contágio é muito rápido, com transmissão fácil. Ao mesmo tempo, os sintomas da doença levam até 20 dias para aparecer, principalmente de paralisia. Inicialmente, a pessoa pode apresentar um quadro de febre ou diarreia e confundir com uma virose normal, com cura natural, só que, ao final dessa fase, vêm a paralisia e o diagnóstico de poliomielite”, destaca.

O sucesso do Brasil está exatamente na prevenção, já que não existe cura para a doença. “A dose oral é composta pelo vírus vivo e selvagem, não causador da doença, mas que possibilita a proteção do organismo. Quando várias crianças são vacinadas, ao eliminar esse vírus pelas fezes, ele compete com os causadores da doença que possam estar no ambiente. É importante vacinar as crianças, pois não sabemos como será no futuro essa doença. É imprescindível que a população toda tome a vacina no mesmo dia. Quem não vacina não está imune. Na verdade, o vírus pode estar no organismo de qualquer pessoa, adulto ou criança e, ainda que não se desenvolva, ele continua a ser transmitido”, completa Sandro Penna. (TM)

 

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