Parceria internacional orienta pacientes com câncer de mama

Funcionando em plena atividade há quase um ano, o Programa Navegador de Pacientes (PNP) foi lançado no Hospital Dr. Hélio Angotti, no dia 22 de outubro de 2013. Trata-se de projeto em parceria com a American Cancer Society (ACS), ONG americana, com o apoio financeiro da griffe Carolina Herrera. O objetivo é ter profissionais capacitados para auxiliar mulheres em tratamento contra o câncer de mama.

Nesta frente específica de apoio está Paula Rezende Rodrigues Maeda, assistente social há oito anos, sendo seis deles no Hélio Angotti. Ela é navegadora de pacientes, em especial mulheres mastectomizadas. “A principal função do navegador é a eliminação rápida de barreiras, visando ao cuidado em tempo hábil, através do uso contínuo de todos os segmentos do sistema de Saúde, avaliando, aconselhando e auxiliando os pacientes durante todo o processo de tratamento”, explica. No Harlem Hospital, nos Estados Unidos, entre 1995 e 2000, as taxas de sobrevida para o intervalo de cinco anos aumentou de 39% para 70% e os casos de estágio avançado de câncer caíram 28% com a implementação do programa.

O Departamento de Assistência Social é composto por três assistentes sociais, que acompanham o dia a dia das pessoas que precisam de ajuda, entre os mais de 4 mil pacientes em tratamento na instituição hoje. “Nos melhores e maiores hospitais do mundo nós vemos a importância dada aos profissionais de Saúde não médicos, entre eles as assistentes sociais”, afirma o presidente do Hospital, Délcio Scandiuzzi.

Cláudia Gomes Silva Soares Ribeiro, assistente social há quase cinco anos, explica que o objetivo do trabalho é realizar atendimentos aos pacientes e familiares, buscando o resgate da cidadania, socializando informações e desburocratizando serviços, a fim de garantir direitos e uma assistência integrada. “No Departamento de Assistência Social, o trabalho é amplo, porque atende todo o hospital, dando suporte a pacientes em quimioterapia, radioterapia, e os encaminhamos para as casas de apoio. O objetivo é socializar informações sobre os direitos dos pacientes e seus familiares, que chegam aqui fragilizados e com dúvidas, mas nós informamos, inclusive, como será o tratamento”, avalia.

Além de orientações sobre normas da instituição e da política de saúde, Eldilene Pereira Pires esclarece que as assistentes fazem visitas aos pacientes internados, estudos, relatórios e pareceres sociais, acolhimento aos iniciantes, encaminhamento para exames, além de visitas domiciliares. Há acolhimento importante também nos óbitos, com amparo e orientação dos familiares sobre direitos a seguros, previdência social e funeral.