As aulas só serão retomadas no dia 3 de fevereiro, mas os pais já podem começar a se preocupar com a alimentação das crianças fora de casa. Enquanto a maioria ainda prefere permitir a compra do lanche na escola, muitos escolhem mandar os alimentos de casa, seguindo a recomendação de especialistas em saúde. De acordo com a pediatra Sonia Liston, para os pequenos em fase de desenvolvimento, as refeições feitas no colégio desempenham um papel mais importante do que se imagina.
A especialista explica que o cardápio diário das crianças deve conter as quantidades adequadas de proteínas, carboidratos e vitaminas, além da quantia suficiente de gorduras. “Assim, se reafirma a importância de uma alimentação equilibrada para evitar doenças e propiciar um desenvolvimento integral da criança”, analisa a médica.
Segundo ela, os pais devem aprender a lidar com o gosto dos pequenos, que nem sempre estão interessados em uma refeição balanceada. “Para as crianças mais resistentes à ingestão de frutas e verduras, a recomendação é incentivar o interesse gradativo de, pelo menos, duas ou três frutas e verduras por semana. O ideal é explicar que ela não precisa gostar de tudo, mas que deve experimentar algumas. Esse é um trabalho de ‘formiguinha’ que costuma trazer mais resultados a médio prazo”, afirma Sonia.
Algumas verduras como minicenouras e tomates cerejas podem ser mais fáceis de serem incentivadas, assim como sucos naturais, água de coco e chás, que devem ser preferidos no lugar dos refrigerantes. “No calor, é melhor evitar os achocolatados e iogurtes para priorizar as frutas da estação. Além disso, tudo deve seguir acondicionado em lancheiras que mantenham a temperatura mais baixa do que a do ambiente. Chocolates, salgadinhos e biscoitos recheados precisam ser evitados em qualquer estação do ano”, alerta a pediatra.
A médica ressalta que a falta de vitaminas na fase de desenvolvimento pode acarretar doenças como anemia, raquitismo, infecções de repetição e distúrbios visuais, entre outras. “Caso os pais suspeitem que a criança possa estar com alguma deficiência na alimentação, o melhor é procurar o pediatra de confiança para avaliar o crescimento do paciente e decidir qual seria o suplemento adequado, quando necessário”, orienta Sonia.