SAÚDE

Pediatra lança manual de aleitamento materno

Livro trata das leis que protegem a amamentação, problemas como mastites, aleitamento de prematuros, medicamentos que contraindicam a amamentação, entre outros assuntos

Thassiana Macedo
Publicado em 09/08/2013 às 11:09Atualizado em 19/12/2022 às 11:39
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Fernanda Borges

O pediatra Luciano Borges orienta nunca dar bonecas com mamadeira e chupeta para as meninas

Manual sobre aleitamento materno era um anseio antigo da Sociedade Brasileira de Pediatria que precisava dispor de um resumo oficial de todas as práticas e orientações adequadas sobre o assunto no Brasil. No último dia 4, o pediatra Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria e presidente da Sociedade Regional de Pediatria do Vale do Rio Grande lançou o Manual de Aleitamento Materno pela editora Manole, durante a abertura Nacional da Semana Mundial da Amamentação, no Rio de Janeiro.

Segundo o médico, o manual traz informações claras e objetivas destinadas aos profissionais de saúde, mas com linguagem fácil também acessível ao público leigo, demonstrando o passo-a-passo para vencer as dificuldades na amamentação. O objetivo é desmistificar o aleitamento materno o que para Santiago, é um ato natural. “Entre outros mamíferos, por exemplo, ninguém precisa ensinar a vaca a amamentar o bezerro, mas no ser humano essa cultura se perdeu. Hoje, a mãe não amamenta de maneira instintiva, ela precisa de apoio de profissional capacitado para ensinar as técnicas, o que infelizmente foram perdidas no tempo, de onde vêm os mitos”, frisa.

Santiago destaca que, o leite secar é um dos mitos que não tem fundamentação real. “O leite não seca por si só, quando chega a secar é por que houve uma série de fatores envolvidos, como informações e atitudes erradas que culminaram no leite secar. Um exemplo é dar mamadeira para completar leite fraco, essa é a pior atitude. Não existe leite fraco, acontece que se a mulher der o peito de forma errada, o bebê para de sugar e a produção cai mesmo. Tudo se resolve com a orientação de um profissional capacitado”, afirma o médico.

Luciano Santiago ressalta que o manual oferece base suficiente para, a partir de agora, ofertar cursos sobre aleitamento materno para profissionais de saúde. A Sociedade Brasileira de Pediatria tem projeto para a realização de cursos destinados para médicos residentes em pediatria, sendo que o Manual de Aleitamento Materno será a base científica para a preparação desses futuros especialistas.

O pediatra alerta que o preparo da mulher para a amamentação deve começar ainda na infância e vai brincar de boneca. “Esse é a época mais importante da cultura da amamentação, pois a menina está brincando de ser mãe, e neste momento as mães não devem dar bonecas com mamadeira e chupeta. O natural é deixar a criança pegar a boneca e colocar no peito simulando a amamentação. Psicologicamente, isso faz muita diferença quando ela virar mãe de verdade. O segundo momento importante é durante o pré-natal. A nossa ideia cursos de aleitamento para a mãe e para o pai, como existe na UFTM e na Unimed. O terceiro momento é após o parto, quando a mãe precisa de um profissional, em especial um pediatra, para amamentar adequadamente”, destaca.

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