A meningite é um problema que tem afetado a vida de pessoas de diferentes idades. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ainda não conta com a imunização para este tipo da meningite, que é responsável por cerca de 20% dos casos ocorridos no País, em especial os estados da região Sudeste. Por outro lado, uma vacina recém-aprovada pela União Europeia pode ser a solução na prevenção da meningite do tipo B.
De acordo com estudos publicados pela revista especializada The Lancet Infectious Deseases, a nova vacina demonstrou eficácia em 73% dos casos variados do tipo B. Pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental testaram a vacina em mais de 500 adolescentes. A vacina pode demorar um pouco a estar acessível à população brasileira, por isso, o infectologista Carlos Magno Fortaleza destaca quais são as medidas de prevenção mais eficazes para evitar infecções respiratórias, inclusive a contaminação pelas meningites. “Entre as medidas preventivas que podem ser utilizadas por todas as pessoas está o aumento da higiene, principalmente das mãos. Há estudos comprovando que quanto mais vezes ao dia se higienizam as mãos, menos uma pessoa está exposta às doenças. Isto porque estamos sempre tocando superfícies que contaminadas com as secreções respiratórias de doentes”, afirma.
Por isso, o especialista alerta que a higiene das mãos é um dos principais métodos para se reduzir essa transmissão. “Além disso, naqueles grupos mais susceptíveis a quadros graves de gripe, procurar se vacinar. A campanha de vacinação contra a gripe já terminou, mas há clínicas particulares que ainda têm a vacina. Então, idosos, portadores de doenças crônicas, gestantes e crianças menores de dois anos, que são os grupos mais importantes, devem ser vacinados. Para as crianças pequenas também já está incluída no calendário de vacinação a aplicação da dose contra meningite meningocócica, que já demonstrou importantes resultados”, completa Carlos Magno.