SAÚDE

Pesquisa demonstra benefícios da hidroterapia em bebês prematuros

A fisioterapeuta Luana Pereira Cunha Barbosa acaba de apresentar pesquisa bem sucedida em que avaliou...

Publicado em 08/12/2012 às 10:14Atualizado em 19/12/2022 às 15:53
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A fisioterapeuta Luana Pereira Cunha Barbosa acaba de apresentar pesquisa bem sucedida em que avaliou os benefícios da hidroterapia em recém-nascidos hospitalizados. Os resultados foram abordados em sua tese de Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde da UFTM. O estudo avaliou os efeitos positivos da administração de fisioterapia aquática para tratamento da dor em dez bebês prematuros hospitalizados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do Hospital de Clínicas da UFTM, entre janeiro e abril de 2012.

Com base em sua pesquisa, Luana expôs que recém-nascidos em UTIs neonatais passam por 50 a 150 procedimentos dolorosos diariamente. “A exposição precoce ao estresse e à dor aumentam o risco de desenvolvimento de distúrbios neurológicos, comportamentais, fisiológicos e hormonais, a curto e longo prazo”. Ainda segundo ela, na unidade o procedimento de hidroterapia já é aplicado rotineiramente há três anos.

Os bebês que participaram da pesquisa estavam abaixo do peso recomendado, com mais de 72 horas de vida, respirando sem a ajuda de aparelhos e clinicamente estáveis. “A hidroterapia consiste em sessões de dez minutos, compostas por alongamentos e mobilização de membros dos bebês, em banheira de acrílico preenchida com água entre 36 e 37 graus Celsius”, afirma a fisioterapeuta.

De acordo com Luana Pereira, foram aferidos, antes e depois das sessões, aspectos que determinam a presença de dor em bebês, como frequências respiratória e cardíaca, níveis de oxigenação sanguínea e de cortisol (substância diretamente envolvida na resposta ao estresse) dos recém-nascidos e a observação comportamental conforme a escala Nips (Neonatal Infant Pain Scale), composta pelos indicadores: expressão facial, choro, respiração, posição dos braços, posição das pernas e estado de consciência.

A fisioterapeuta explica que a terapia não resultou em efeitos adversos em qualquer dos prematuros, tendo, ao contrário, alcançado resultados positivos. “Foi demonstrada queda nas frequências respiratória e cardíaca e nos níveis de cortisol, itens que, quando elevados, apontam a ocorrência de dor. Houve também melhora na oxigenação sanguínea dos bebês e a observação conforme a escala Nips apresentou índice de evidência de dor igual a zero após a hidroterapia”, explica.

Para a mestranda, a fisioterapia aquática demonstrou-se um método simples e eficaz para reduzir a dor e aumentar a qualidade do sono dos prematuros hospitalizados. “O nível de relaxamento dos bebês foi tão alto que muitos chegavam a dormir durante as sessões”, completa Luana Pereira.

 

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