SAÚDE

Pesquisa estabelece relação entre consumo de álcool e melanoma

Consumir aquela cervejinha no dia de folga pode ser considerado um hábito comum entre muitas pessoas, especialmente durante o verão, quando a bebida gelada é sinônimo de refrescância

Thassiana Macedo
Publicado em 21/02/2014 às 11:50Atualizado em 19/12/2022 às 08:55
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O melanoma ocorreu com maior chance nas pacientes que consumiam pelo menos sete doses de álcool por semana

Consumir aquela cervejinha no dia de folga pode ser considerado um hábito comum entre muitas pessoas, especialmente durante o verão, quando a bebida gelada é sinônimo de refrescância para o calor exagerado que vem afetando a região nos últimos meses. Porém, estudo americano divulgado em janeiro aponta que o aumento do consumo de bebidas alcoólicas no verão contribui para o desenvolvimento do melanoma, o tipo de câncer de pele mais letal. O costume parece inofensivo quando acompanhado de água, mas apenas um copo de cerveja ou uma taça de vinho por dia é suficiente para aumentar em 20%o risco da incidência da doença.

A médica dermatologista Luciana Fernandes Abbade ressalta que o estudo é completo e foi realizado com aproximadamente 60 mil mulheres, avaliadas em diversos centros de pesquisa nos Estados Unidos. “Mulheres com a idade média de 63 anos foram acompanhadas por cerca de 10 anos. Verificou-se nesse estudo que o melanoma, um tipo específico e mais grave de câncer de pele, ocorreu com maior chance naquelas pacientes que consumiam pelo menos sete doses de álcool por semana do que nas que não ingeriam bebida alcoólica”, explica.

Luciana Fernandes destaca que, no caso de outros tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular, também houve maior incidência de casos no grupo das participantes que consumiam álcool, embora com risco menor do que o do desenvolvimento do melanoma. “Na verdade, o maior risco nesta população que bebe álcool é o melanoma. E houve uma correlação maior de quem tomava licor e vinho branco do que com outros tipos de bebidas alcoólicas”, alerta.

No entanto, a dermatologista faz algumas ressalvas quanto à comprovação do estudo. “Não se pode generalizar os resultados, é importante se ter cuidado, pois há limitações no estudo. A própria pesquisa traz, no final do artigo, algumas dessas limitações. Isso porque o estudo foi feito em mulheres após a menopausa, com idade média acima de 60 anos e apenas em pacientes do sexo feminino. Por isso, não é possível extrapolar esses resultados para a população em geral, havendo necessidade de mais estudos com homens e mulheres para dizer se há mesmo esse risco aumentando”, esclarece a médica.

Mesmo assim, Luciana Fernandes informa que a pesquisa serve de alerta em razão de dizer que o consumo de álcool pode ser um mecanismo de ação que favorece o desenvolvimento do câncer de pele tanto nas mulheres quanto nos homens.

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