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A ciência trabalha em inúmeras frentes para conter a proliferação do coronavírus e para buscar tratamentos e uma possível vacina. Uma pesquisa da Universidade Cayetano Heredia, no Peru descobriu que as alpacas possuem anticorpos que podem bloquear o novo coronavírus em um possível tratamento.
De acordo com a pesquisa, os camelídeos têm um tipo diferente de anticorpos, os de cadeia pesada (HCAb), que são usados para gerar VHH ou nano anticorpos úteis para o diagnóstico e tratamento de várias doenças, por meio de técnicas de biologia molecular.
"Os anticorpos da alpaca são 10 vezes menores que os anticorpos convencionais, além de terem alta sensibilidade e afinidade, muito boa escalabilidade e serem termoestáveis", disse Patricia Herrera, uma das cientistas da equipe que participou da pesquisa, citada pela agência estatal Andina.
A pesquisa, liderada pelo Dr. José Espinoza, não descarta que esses anticorpos possam ser utilizados para produzir uma vacina, algo que deve demorar meses. "Nosso laboratório possui toda a plataforma necessária para começar a gerar esses VHHs. No momento, não iniciamos porque buscamos recursos para realizar o projeto", afirmou Herrera.
As alpacas fazem parte dos camelídeos andinos. Outro estudo com ihamas, que também são do grupo de camelídeos andinos chegou a conclusões semelhantes.
O Peru, que está em confinamento desde 16 de março até 24 de maio, é um dos países mais afetados da região, atrás do Brasil, com mais de 61.000 infecções e mais de 1.700 mortes por COVID-19.
*Com informações Estado de Minas