SAÚDE

Pesquisas recentes sugerem novas técnicas para tratar as tendinopatias

Publicado em 02/11/2010 às 11:34Atualizado em 20/12/2022 às 00:38
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Dr. José Fábio Lana

Na semana anterior, abordamos a diferença entre tendinite e tendinopatia, sendo a primeira, um processo inflamatório na membrana dos tendões, e a segunda, um processo degenerativo. Esta degeneração do tendão pode levar a um quadro de dor crônica que tem sido bastante estudada para que se chegue a terapias com uma eficácia real e, principalmente, que gerem um resultado positivo em curto prazo.

Conforme mencionei na última coluna, existem dois tipos de tratamentos para as tendinopatias resistentes, que estão sendo amplamente pesquisados e testados, com um resultado bastante satisfatório. O primeiro deles é a aplicação de ácido hialurônico, um mucopolissacarídeo encontrado, especialmente, na região intercelular. Esta substância que, inclusive, já pode também ser obtida por biotecnologia, tem um grande potencial de hidratação da região celular. Pesquisas tem revelado que o ácido hialurônico atua também na estimulação do colágeno, ajudando a regenerar o tendão. Outra propriedade que vem sendo comprovada é a de promover a recuperação do tecido e a manutenção da integridade celular, apresentando, portanto, uma grande habilidade na cura de lesões.

Entretanto, o que hoje chamamos de terapia “gold standard” é o PRP (Plasma Rico em Plaquetas), uma técnica que consiste na retirada de uma quantidade de sangue do próprio paciente, a sua centrifugação e consequente separação do plasma rico em plaquetas. Este material é, então, injetado na região lesionada, guiado por Ultrassonografia, e tem um altíssimo potencial de incentivar a produção de células novas, promovendo, assim, a regeneração do tecido. No caso das tendinopatias resistentes ao tratamento convencional, a atuação do PRP é a de aumentar o suprimento de sangue para os tendões, ajudando na sua cicatrização e propiciando uma diminuição significativa da dor e do processo de degeneração.

Para se ter uma idéia da eficácia desta técnica, que já é utilizada em Uberaba, uma pesquisa realizada Stanford University Medical Center, na Califórnia, com pacientes que sofriam de um tipo de tendinopatia conhecido como “tênis elbow” (cotovelo do tenista), os pesquisadores obteveram um resultado final de 93% de recuperação, com o uso da técnica do PRP (fator de crescimento). Foram 110 pacientes submetidos à terapia, tendo uma diminuição gradativa da dor e a consequente recuperação do tecido degenerado. É uma técnica nova e que tem nos mostrado o grande potencial da medicina regenerativa, que busca a cura natural, pelas próprias estruturas do organismo do paciente.

Fiquem atentos à coluna da semana que vem, onde falaremos mais sobre o “tênis elbow” e as modernas terapias para o tratamento. Até a próxima!

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