SAÚDE

Pessoas com artrite apresentam mais chances de ter outras doenças

A Artrite Reumatoide (AR) está entre as doenças com maior incidência no mundo todo. Somente no Brasil, cerca de dois...

Publicado em 06/08/2012 às 12:38Atualizado em 19/12/2022 às 18:06
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A Artrite Reumatoide (AR) está entre as doenças com maior incidência no mundo todo. Somente no Brasil, cerca de dois milhões de pessoas sofrem com a AR, doença inflamatória crônica, autoimune, que causa dor, inchaço, perda de funções de articulações e inflamação de outros órgãos.

O que muitos portadores de AR não sabem é que correm também risco de ser atingidos por outras doenças, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

Segundo o reumatologista Carmo de Freitas, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, é importante que todos os pacientes saibam que, além de ter artrite, existe a possibilidade do aparecimento de outras doenças concomitantes, o que se chama de comorbidades ou patologias associadas.

“Como a artrite é uma doença autoimune, outras doenças desencadeadas pelo mesmo mecanismo autoimune são mais frequentes nestes pacientes quando comparados com quem não tem a doença”, afirma. São exemplos de doenças autoimunes: diabetes melitos tipo 1, vitiligo, esclerose múltipla, hepatite autoimune e vasculite (inflamação de vasos).

Quanto a problemas cardiovasculares, o especialista explica que mais frequente ainda que as doenças autoimunes em pacientes com artrite são as que estão relacionadas à deposição de placas de gordura nos vasos sanguíneos.

“Doença coronariana, aterosclerose nas artérias carótidas, doença vascular periférica e acidente vascular cerebral (AVC), em especial o tipo isquêmico, podem ocorrer”, diz o reumatologista, que completa 40 anos de carreira, tendo sido um dos pioneiros da área na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.

Outras condições mais frequentes em quem tem artrite reumatoide sã insuficiência cardíaca congestiva, diabetes mellitus tipo 2, osteoporose e distúrbio dos lipídios (colesterol, HDL e triglicerídeos).

Segundo o reumatologista, os medicamentos usados no tratamento da artrite também contribuem, muitas vezes, para o aparecimento de algumas dessas doenças, tornando o controle clínico e laboratorial da doença tão importantes.

“Diante de tudo isso, ressalto também a importância do diagnóstico precoce, tanto da AR quanto das doenças paralelas. O perigo maior se dá quando não há o reconhecimento da doença e o não tratamento adequado. Quanto mais precoces o diagnóstico e o início do tratamento, maiores são as chances de controle das doenças”, afirma Carmo de Freitas.

 

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