Em 60 dias, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deverá publicar uma norma regulamentando um prazo máximo para que os beneficiários de planos de saúde sejam atendidos por seus convênios. Em Uberaba, o presidente da Unimed, Sétimo Boscolo Neto, aprovou a medida, apesar de admitir dificuldades nas consultas médicas de algumas áreas, como a endocrinologia e neurologia, nas quais os quadros profissionais são menores. O órgão regulador também vai exigir que os planos de saúde enviem relatórios comprovando que suas redes credenciadas são capazes de prestar um bom atendimento a todos os clientes. “Já enviamos materiais à ANS trimestralmente para informá-la sobre nossos atendimentos. Portanto, as exigências já são grandes, mas será bom o estabelecimento destes prazos para que a situação fique ainda mais definida”, avalia. “Seria interessante também a escolha de um número exato de médicos para atender determinada quantidade de vidas asseguradas, para que estas regras sejam ainda mais precisas. Mas, ainda assim, em algumas áreas teríamos que buscar médicos de fora para completar nossos quadros”, complementa. Para Boscolo, setores como da reumatologia e dermatologia também enfrentam dificuldades nos atendimentos de consultas na cidade. “Temos poucos profissionais nessas especialidades, até porque algumas vezes os profissionais daqui pedem desligamento. Fazem isso por não terem tempo para estes atendimentos, seja porque dão aula em universidades, por estarem envolvidos em doutorados ou até para terem mais tempo para seus trabalhos em consultórios na rede particular”, explica. A norma do tempo de espera da ANS valerá para todo tipo de serviço prestado, desde marcação de consultas e cirurgias até tempo de espera nos prontos-atendimentos.