Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde, revela que entre os principais problemas estão a hipertensão e doença
Segundo Carlos Alberto Arruda, infartos cardíacos e derrames lideram as estatísticas de morte no país
Segundo pesquisa inédita realizada pelo Ministério da Saúde, a população brasileira, principalmente as mulheres, tem procurado mais os atendimentos médicos. No entanto, esse maior cuidado com a saúde não tem baixado os altos índices de doentes crônicos, cerca de 59,5 milhões de pessoas. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada em setembro de 2008 pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde, revela que entre os principais problemas estão a hipertensão e doenças relacionadas à coluna. Avanços importantes foram observados no que diz respeito aos serviços preventivos de saúde feminina. Mais mulheres têm procurado fazer os exames preventivos, como mamografias, por exemplo, cujo número aumentou de 42,5%, em 2003, para 54,8%, em 2008. Porém, foram verificados entre elas os maiores índices de doenças crônicas, 35,2%, contra 27,2% dos homens. E não é só isso que é diferente entre homens e mulheres. Sintomas apresentados por alguém que está sofrendo de problemas cardíacos, como o infarto agudo, podem ser diversos e se dividir de acordo com o sexo. Entre elas, os sinais podem aparecer semanas antes da manifestação da doença. De acordo com o clínico cardiologista Carlos Alberto Ribeiro Arruda, infartos cardíacos e Acidentes Vasculares Cerebrais, conhecidos como AVC ou simplesmente “derrames”, lideram as estatísticas de morte no país, sem dar preferência a homens ou mulheres. Entretanto, ele alerta que nem sempre as dores no lado esquerdo do peito provocadas pelo esforço são indicativas da possibilidade de infarto. Na verdade, variam. Fadiga, mal-estar, inquietação inexplicável, ou dores atípicas, como nos braços, costas, pescoço e mandíbula também podem ser sintomas, principalmente em mulheres. Arruda explica que o segredo está na prevenção. “Como a instalação da doença geralmente precede em muitos anos o surgimento dos sintomas, a adoção de hábitos de vida mais saudáveis é sempre o melhor remédio. Sobre esse aspecto, recomenda-se evitar o hábito tabagista, combater energicamente a obesidade e o estresse, controlar a pressão arterial, ter uma alimentação balanceada e nunca deixar de praticar esportes, além de contar sempre com o auxílio de seu médico”, esclarece.