Thassiana Macedo
Para quem tem azia crônica, é difícil ter uma noite de sono tranquila, porque deitar-se na posição errada pode fazer com que haja o incômodo refluxo gastroesofágico. O refluxo ocorre quando o ácido vai para o esôfago, irritando o estômago e atrapalhando o sono. Médicos recomendam dormir numa posição mais inclinada, com a cabeça mais elevada, o que permite à gravidade manter o conteúdo do estômago exatamente onde ele deve ficar. Mas dormir de lado também pode fazer diferença, desde que você escolha o lado certo.
“Como medida postural para prevenção do refluxo gastroesofágico, que provoca a azia, recomendo dormir, preferencialmente, em decúbito lateral esquerdo, ou seja, virado para o lado esquerdo. Esta posição, diminui o fluxo do conteúdo do estômago para o esôfago, muito embora não seja o item principal para a prevenção da azia e da insônia”, explica o gastroenterologista Daurin
Narciso da Fonseca.
Por isso, o especialista esclarece que outros cuidados são fundamentais para evitar o problema que é um dos mais comuns na atualidade. Justamente porque pouco nos preocupamos com uma alimentação correta, que adicionada aos altos níveis de estresse diário são responsáveis pela construção de uma verdadeira bomba dentro de nosso corpo.
Sensação de queimação que vai do estômago ao peito, podendo chegar até a garganta, são os principais sintomas da doença. No entanto, segundo o especialista, tosse, rouquidão, bronquite, asma e dor no peito algumas vezes podem ser provocados pela doença, transformando-se em sintomas atípicos, que necessitam de um exame médico detalhado.
E o gastroenterologista faz um alerta - é importante prevenir o problema e tratar o mais cedo possível quando instalado para evitar complicações - “o contato prolongado da mucosa do esôfago com o suco gástrico pode provocar feridas superficiais ou úlceras profundas e mesmo o estreitamento na parte inferior do estômago. As lesões podem levar a sangramento crônico e em alguns casos, inflamações que facilitam o aparecimento de câncer no esôfago”,
afirma o especialista.