O mote da campanha deste ano é Rumo ao Zero, zero novas infecções, zero discriminações e zero novas mortes relacionadas ao HIV
Dezembro é considerado o mês de enfrentamento à Aids, iniciado no Dia Mundial de Combate à doença, celebrado no dia 1º. O mote da campanha deste ano é “Rumo ao Zero”, zero novas infecções, zero discriminações e zero novas mortes relacionadas ao HIV. No Brasil, a campanha é “Não fique na dúvida, fique sabendo”, que vale não apenas para o mês da mobilização, tendo como objetivo incentivar o diagnóstico precoce da doença.
O relatório do Dia Mundial da Aids, publicado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, mostra que houve redução de mais de 50% nas taxas de novas infecções por HIV em 25 países de baixa e média renda. Sendo mais da metade na África, região mais afetada pelo vírus no mundo. “Esse evento, do Dia Mundial de Luta contra a Aids, foi idealizado por conta da necessidade de haver mobilização periódica em relação à questão do HIV. A primeira vez que isso ocorreu foi em 1º de dezembro de 1988, por iniciativa da Unaids, programa da Organização Mundial de Saúde para Aids. A intenção era mobilizar toda a sociedade, seja governo, ONGs e mesmo a população para os avanços que houve em relação à prevenção e tratamento, bem como as consequências sociais relacionadas à infecção pelo HIV/Aids”, afirma o infectologista Alexandre Naime Barbosa.
De acordo com o médico, em 2004, a mobilização ganhou corpo e se tornou uma Organização Não Governamental, que coordena a estratégia da divulgação de resultados de infecções por HIV durante o ano. “Nos Estados Unidos, todo o ano o presidente discursa sobre o assunto. O próprio Vaticano, desde o Papa João Paulo II, tem se pronunciado sobre a questão, demonstrando bastante preocupação.
E isso é importante para que a população tenha noção de que o problema não está resolvido. Sabemos que, infelizmente, não existe cura para a infecção. Então, toda a sociedade precisa estar ciente e ser constantemente reciclada sobre as novas informações. Por enquanto, a prevenção, principalmente o uso do preservativo, ainda é a medida mais eficaz contra a infecção pelo HIV/Aids”, completa o infectologista.