SAÚDE

Prevenção da doença exige conscientização da própria pessoa

O ginecologista e obstetra Alexandre Sivieri esclarece que existem vários tipos de câncer de ovário, alguns mais agressivos ...

Publicado em 11/05/2013 às 09:01Atualizado em 19/12/2022 às 13:08
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O ginecologista e obstetra Alexandre Sivieri esclarece que existem vários tipos de câncer de ovário, alguns mais agressivos e outros nem tanto. O tratamento depende de vários fatores, como tipo histológico e estadiamento. “A ingestão excessiva de gordura animal, de leite e de carnes vermelhas associa-se a um maior risco de desenvolver câncer epitelial do ovário. Baixa ingestão de vitamina A e de fibras também aumenta a chance do desenvolvimento do câncer, porém há uma controvérsia em relação ao consumo de café. Aparentemente, há o aumento da incidência e da mortalidade na população cujo consumo de café é excessivo”, alerta.

Por isso, o especialista destaca que a melhor maneira de prevenir doenças como esta são as consultas com o ginecologista, que devem ser anuais ou realizadas sempre que a mulher notar algum sinal ou sintoma diferente do normal. “Geralmente, o câcner de ovário é descoberto tardiamente e o tratamento se torna muito agressivo, com a retirada do útero, ambos os ovários e dos gânglios linfáticos da pelve e para-aórticos. Nos estágios I A, faz-se somente a retirada do ovário comprometido, principalmente nas pacientes jovens, a fim de preservar a função endócrina e reprodutiva. Portanto, a gravidez é possível somente em pacientes diagnosticadas bem no início da doença”, afirma Sivieri.

O médico revela ainda que o câncer de ovário, apesar de toda a evolução da medicina e de seus métodos diagnósticos, continua sendo um grande desafio para os ginecologistas e oncologistas, em razão de ser uma doença praticamente assintomática no início, e cujos exames diagnósticos não apresentam uma alta sensibilidade e especificidade. Ou seja, embora a detecção seja difícil, as mulheres devem consultar regularmente o médico, principalmente aquelas acima de 40 ou 50 anos. Fatores hormonais, ambientais e genéticos estão relacionados com o aparecimento do câncer de ovário. História familiar é o fator de risco isolado mais importante, com cerca de 10% dos casos. (TM)

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