Dizem por aí que o ano só começa mesmo depois de fevereiro, já que o carnaval é uma das festas populares mais aguardadas do ano. E é verdade. Tanto que as pessoas separam as fantasias e combinam com os amigos tudo o que vão aproveitar com bastante antecedência. Só se esquecem que é preciso preparo físico. Ponto bem menos lembrado pela maioria das pessoas, para a prevenção de traumas ortopédicos. Em meio a tanta euforia, é difícil não ver acidentes ou lesões ortopédicas depois do carnaval. A maioria, devido ao uso de calçados inadequados para a folia. Segundo o ortopedista Constantino Calapodopulos, dores, tendinites no calcanhar ou planta do pé são as ocorrências mais comuns relacionadas a eventos como este. A dica do ortopedista é de que salto alto não combina com folia. “A dor muscular é muito comum depois de uma atividade exagerada, por conta do esforço. Por isso, usar calçado macio, roupas leves e sapatos abertos pode evitar o aparecimento de bolhas, tendinites e pequenas torções”, afirma. É hora de lançar mão de tênis e sapatilhas confortáveis. Outra dica é alongar braços e pernas antes de sair. “São cuidados que ninguém tem o hábito de tomar, mas é o ideal, pois faz parte do cotidiano”, completa. A atitude fortalece músculos e tendões para o esforço que está por vir. Tomar muita água também evita desidratação e ajuda no bom funcionamento dos músculos. Se cansar, a dica é fazer uma pausa. E caso apareçam bolhas nos pés, não as estoure, para evitar infecções. Além disso, para não perder o fôlego, o folião precisa fazer um treino antecipado para entrar em forma na avenida. Quem deixou para se preocupar com a preparação física em cima da hora, pode fazer um treino com atividades aeróbicas moderadas. A recomendação de especialistas é fazer atividades aeróbicas regularmente. Nos dias que antecedem ao carnaval, o exercício dará maior resistência aos foliões. O interessado pode, por exemplo, nadar, correr e pedalar em turnos diferenciados, todos os dias da semana. “Desde que, além da avaliação correta do que pode e do que não pode fazer, o indivíduo faça uma atividade que goste, para sentir prazer e não fazer algo obrigado. Achar um meio de encontrar um exercício que ofereça o objetivo buscado, mas que ao mesmo tempo seja prazeroso, ensina o professor da UFTM e especialista em Fisiologia e Cinesiologia do Esforço, Dernival Bertoncelo. Em uma hora de diversão, uma pessoa chega a queimar, em média, 400 calorias. Para relaxar a musculatura exigida durante a folia, é preciso alongar o corpo também depois da festa.