Excesso de peso no sexo masculino começa cedo, geralmente entre 18 aos 24 anos, chegando a 29,4% da população. Entre as mulheres, 45% apresentam Ìndice de Massa Corporal alto
De acordo com estudo do Ministério da Saúde, a taxa de obesidade bateu recorde histórico no País, alcançando a marca média de 15,8% da população. Isso representa cerca de 30 milhões de pessoas. E as mulheres superam os homens nesta estatística. Entre elas, o índice de obesidade é de 16% e neles a marca chega a 15,7%. Além da obesidade, também foram divulgados os números de sobrepeso, quando os ponteiros da balança estão em desacordo com a altura, ou seja, quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é maior do que 25.
O excesso de peso no sexo masculino começa cedo, na faixa dos 18 aos 24 anos, 29,4% já estão nessa condição. Entre as mulheres, 45% apresentam IMC alto. A endocrinologista Vânia dos Santos Nunes alerta que esta condição já aumenta o risco de doenças crônicas e afeta quase metade da população, 49% do total. “Essa é uma porcentagem significativa da população acima do peso de uma maneira geral e principalmente das mulheres. Isso acaba sendo um problema importante, porque a obesidade não envolve somente a questão estética, mas está relacionada a outros problemas que se desenvolvem em função do excesso de peso, como hipertensão e diabetes, entre outras doenças cardiovasculares”, afirma.
Para o Ministério da Saúde, a alternativa é investir em campanhas para mudanças de hábitos entre os brasileiros, mas a especialista ressalta que os cuidados para evitar a obesidade e seus respectivos problemas podem ser praticados em casa. “Primeiramente é preciso controlar o peso através da mudança no estilo de vida. Hoje, as pessoas têm um hábito de vida muito mais corrido e elas acabam não tendo dificuldade em arranjar tempo para fazer uma atividade física regular e não têm uma alimentação fracionada e saudável. Para combater a obesidade seria preciso fazer exercício físico pelo menos três vezes por semana, de 30 a 40 minutos, de preferência uma atividade aeróbica”, destaca Vânia.
Outra recomendação da endocrinologista é ter uma alimentação saudável e equilibrada. “Ou seja, alimentação que não seja muito concentrada em uma única refeição ou mesmo duas refeições. O ideal é variar entre o café, almoço e jantar. Deve ser uma alimentação que inclua verduras, frutas, com pouca gordura e menos açúcar. Com a vida corrida de hoje as pessoas acabam não encontrando tempo para ter uma alimentação mais saudável. A maioria frequentemente come fora, ou seja, passam a comer somente alimentos mais calóricos e prejudiciais à saúde”, completa Vânia Nunes.