SAÚDE

Programas preventivos podem evitar o consumo de álcool e drogas ilícitas

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, cresceu consumo de drogas ilícitas por menores entre 2009 e 2012, principalmente meninas

Thassiana Macedo
Publicado em 11/09/2013 às 00:08Atualizado em 19/12/2022 às 11:09
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Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentou o consumo de drogas ilícitas por adolescentes entre 2009 e 2012, principalmente entre as meninas. Em 2012, chegou a 9,9% o número de adolescentes que já experimentaram drogas ilícitas. Isso representa aproximadamente 312 mil jovens. A pesquisa também aponta que sete entre dez adolescentes já experimentaram bebidas alcoólicas.

A psicóloga Maria Laura Nogueira Pires reflete que somente programas direcionados à família de adolescentes podem evitar o aumento no consumo de álcool e drogas ilícitas. “Se considerarmos a família em suas funções mais amplas, podemos citar que é por meio dela que são transmitidas as normas de comportamentos sociais. É o primeiro ambiente de socialização do indivíduo. É dentro da família que aprendemos comportamentos que vão nos caracterizar e que vão fazer parte da nossa constituição. Dentro desses comportamentos podemos também aprender aqueles que podem influenciar o uso de álcool e outras drogas. Considero precoce e muito preocupante a idade de 13 anos para a primeira experiência com álcool. Isso revela que talvez uma das estratégias preventivas e eficazes seja a orientação através de programas dirigidos à família”, alerta.

Para a especialista, a conscientização da família é fundamental para a instrução e inibição do uso de álcool e drogas ilícitas por adolescentes. “Não se trata de deslocar para a família a responsabilidade total do uso de álcool e outras drogas, mas de revelar a sua importância. A adolescência é um período crítico no desenvolvimento humano. Essa fase é caracterizada por descobertas muito rápidas, com muitos questionamentos e marcada pela grande curiosidade por coisas novas. Neste momento, é natural que algumas vezes ele se distancie do núcleo familiar e vá conviver mais com seus amigos fora da própria casa. O adolescente torna-se uma população particularmente vulnerável ao uso de álcool e outras drogas”, destaca.

Maria Laura Nogueira ressalta que esses dados trazem luz à problemática do consumo de bebidas alcoólicas e o uso de drogas por adolescentes no Brasil com resultados bastante detalhados que poderão nortear estratégias de prevenção através de programas voltados ao apoio e tratamento de toda a família.

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