A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) acaba de aprovar projeto de lei que regulamenta a profissão de cuidador de pessoa idosa, em caráter terminativo. Para a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Nezilour Lobato Rodrigues, o momento representa a conquista da garantia de qualidade no atendimento de idosos, especialmente pelo Dia do Idoso, celebrado em 1º de outubro.
Conforme o texto, cuidador de idoso é o profissional que desempenha funções de acompanhamento e assistência exclusivamente à pessoa idosa. Poderão exercer a profissão pessoas com mais de 18 anos, que concluíram o Ensino Fundamental e curso de qualificação específico, conferido por instituição de ensino reconhecida por órgão público. Profissionais que, à época da entrada em vigor da nova lei, trabalharem na função há pelo menos dois anos serão dispensados da exigência da qualificação.
De acordo com levantamento feito pelo Senado, hoje, existem 32 idosos para cada 100 jovens. No entanto, em 2050, serão 168 idosos para cada 100 jovens. Neste sentido, o cuidador tem papel relevante no zelo da saúde do idoso e sua presença é importante para reduzir os acidentes domésticos, melhorar sua alimentação e até combater a depressão
Vacina HPV. Outro projeto aprovado também pela Comissão de Assuntos Sociais institui a imunização pelo Sistema Único de Saúde de meninas entre 9 e 13 anos contra o vírus HPV. Para o senador Paulo Davim (PV-RN), esta é uma importante contribuição à medicina preventiva no Brasil, já que de 3% a 10% das mulheres que entram em contato com o vírus desenvolvem câncer de colo de útero.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em meninas nessa faixa etária é mais eficaz e representa maior economia para a saúde pública. Apenas no primeiro ano será exigido um orçamento maior para a vacinação – cerca de R$ 600 milhões, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde. Já nos anos subsequentes, esse valor passará para R$ 150 milhões, pois serão vacinadas somente as meninas que entrarem nesse grupo. (TM)