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As mulheres se preocupam com a estética durante e depois da gravidez
Nos últimos anos, a colocação de próteses de silicone para o aumento dos seios é o segundo tipo de cirurgia plástica mais realizada no Brasil, perdendo apenas para lipoaspiração. Em 2011, foram feitas 48.962 cirurgias de aumento de mama, com crescimento de 54,5% em relação ao ano anterior. No entanto, os mitos que rodeiam o silicone e a amamentação são muitos. O que não mudou foi a dúvida sobre a amamentação. As mulheres se preocupam se o procedimento não vai interferir nesse momento de relação entre mãe e filho.
Na década passada, a maioria das mulheres esperava ter filhos para colocar a prótese nos seios. Hoje, quem tem o desejo de se tornar mãe não precisa deixar a vaidade de lado. De acordo com o cirurgião plástico Adriano Peduti, o risco é reduzido pela utilização de tecnologias mais modernas. “Se a paciente ainda não engravidou, não há contraindicação para a colocação de próteses. Na maioria das mulheres não há comprometimento da amamentação, sobretudo na via inframamária, onde o tecido e ductos mamários permanecem intactos”, esclarece.
Além disso, muitas vezes as mulheres ficam preocupadas com a estética durante e depois da gravidez. Mas se as mamães que possuem silicone usam o produto como desculpa para não amamentar o filho, estão enganadas. “As próteses modernas não sofrem nenhum dano quando se amamenta. Mesmo assim, depende de uma série de fatores, como quantidade de peso adquirido na gravidez, predisposição para a flacidez de pele, surgimento de estrias, entre outros. Portanto, em algumas pacientes o resultado é totalmente preservado e raramente há necessidade de revisão cirúrgica para compensar flacidez, seja trocando a prótese por outra maior ou fazendo a cirurgia para a retirada de pele, ou mastopexia”, explica.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para as mulheres que pretendem ter filhos, é importante pensar bem no tamanho a ser colocado. A produção de leite diminui se a prótese for muito grande, porque pode causar leve atrofia no tecido mamário, já que durante a gravidez é normal que os seios fiquem maiores, principalmente nas mulheres que ganham muito peso. Durante a amamentação, eles podem aumentar ainda mais e, muitas vezes, não voltam ao tamanho original. Neste caso, a orientação é não exagerar.