SAÚDE

Purple Day alerta para a necessidade de mais informação sobre a epilepsia

26 de março foi escolhido para celebrar o Dia Mundial da Conscientização da doença. Cinco cidades brasileiras vão realizar o Purple Day para lembrar a população da síndrome

Thassiana Macedo
Publicado em 20/03/2014 às 17:51Atualizado em 19/12/2022 às 08:33
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Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em Minas Gerais, cerca de 400 mil pessoas sofrem com a epilepsia. Transtorno neurológico caracterizado por crises decorrentes de descargas excessivas nos neurônios, a doença é cercada de mitos e estigmas que afetam negativamente a qualidade de vida dos doentes. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que em torno de 1 milhão e 940 mil pessoas são portadoras da síndrome no país. No mundo são cerca de 65 milhões de portadores. Embora seja possível controlar as crises em 70% dos casos, ao menos 40% desses pacientes, ou seja, 780 mil, estão recebendo tratamento inadequado ou não recebem tratamento algum.

A doença é uma síndrome caracterizada pela alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, indicando que um grupo de células cerebrais se comporta de maneira instável, causando reações físicas conhecidas como crises epilépticas. As crises duram alguns segundos ou minutos, variam de um caso para outro e podem ser acompanhadas por diversas manifestações clínicas, como contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa, sensação de “desligamento” por alguns segundos, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da memória.

De acordo com a neurologista Maria Carolina Doretto, especialista em epilepsia, diante de uma crise epilética, é importante manter a calma. “Posicione a pessoa de lado; afaste os objetos que lhe ofereçam risco; não tente desenrolar a língua dela; não lhe coloque objetos na boca; não dê substâncias para ela cheirar, nem dê líquidos para ela beber. Esfregar álcool, vinagre ou outras substâncias no corpo da pessoa também não são indicados. Se a crise durar mais de dez minutos, chame uma ambulância”, explica.

A médica destaca que a epilepsia é caracterizada por crises repetidas, que não sejam causadas por intoxicação ou alterações no metabolismo. Possui causas variadas, como traumatismo craniano, tumores cerebrais, sequela de sofrimento fetal e infecção do sistema nervoso. “As pessoas que convivem com a epilepsia muitas vezes são vítimas de preconceito e de exclusão social. Muitas se afastam do convívio com amigos e familiares, têm dificuldade de acesso à escola e ao mercado de trabalho. Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde, 70% a 80% das pessoas com epilepsia poderiam apresentar condições de vida melhores se recebessem tratamento adequado”, ressalta Maria Carolina.

Conforme a neurologista, informações corretas e tratamento adequado melhoram a qualidade de vida de pessoas diagnosticadas com a doença. O paciente com epilepsia é perfeitamente capaz de levar uma vida normal.

 

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