SAÚDE

Quase 1,6 mil bebês fizeram o teste do pezinho em 2012

De 1994 a 2011, das mais de 55 mil crianças examinadas em Uberaba, houve o registro de 27 casos de anemia falciforme e 26 de hipotireoidismo

Publicado em 06/06/2012 às 14:33Atualizado em 19/12/2022 às 19:16
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Nesta quarta-feira (6) é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, um exame simples e gratuito que deve ser feito por hospitais da rede pública ou privada após 48 horas ou em até sete dias após o nascimento, mas o ideal é no quinto dia de vida. O teste é um direito de todo bebê, pois, através de algumas gotas de sangue, o exame é capaz de detectar quatro doenças e salvar vidas. Entre as doenças mais comuns e diagnosticadas precocemente com apenas um furinho no pé da criança estão a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, fibrose cística e anemia falciforme.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, de 1994 a 2011, das 55.100 crianças examinadas em Uberaba, houve o registro de 27 casos de anemia falciforme, 26 de hipotireoidismo congênito, 1.423 traços de anemia falciforme, 349 traços de hemoglobinopatia, apenas dois casos de fibrose cística e nenhum de fenilcetonúria. Este ano foram realizados 1.580 testes de janeiro a maio. Em todo o ano de 2011, foram realizados 3.409 exames, os quais detectaram cinco casos de anemia falciforme, um de hipotireoidismo congênito, 130 crianças com traço de anemia falciforme e 31 com traço de hemoglobinopatia. Recém-nascidos portadores de fenilcetonúria são tratados no Hospital de Clínicas em Belo Horizonte. O mesmo procedimento é adotado para os portadores de fibrose cística. Os pacientes que precisam ser encaminhados para Belo Horizonte têm a disponibilidade do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), por meio da Central de Ambulâncias da Secretaria de Saúde.

A referência técnica do Programa de Triagem Neonatal em Uberaba, Silvana da Silva esclarece que com o exame é possível iniciar o tratamento das doenças detectadas imediatamente após o diagnóstico, ou seja, antes que a doença provoque sequelas graves, como retardo mental no caso do hipotireoidismo congênito e da fenilcetonúria. “No caso da anemia falciforme, é feita uma orientação, porque algumas vezes a pessoa não desencadeia a doença por ser apenas portadora do traço. Sendo assim, a família precisa estar muito atenta para que, quando a criança chegar à fase de ter um companheiro ou companheira, é necessário fazer exames, pois se, ele é portador de traço e ela também, há grande chance de o filho desencadear a anemia falciforme”, revela.

Silvana explica, ainda, que o procedimento é extremamente simples e não traz qualquer risco à criança. “Está enganada a mãe que, por ventura, pensar que pelo fato de o filho estar com baixo peso e franzino não é interessante fazer o exame nesta época. É o contrário. Ela deve permitir que faça, porque

estas são doenças silenciosas e sabemos que é preciso agir com antecedência”, completa a referência técnica.

Tão importante quanto fazer o teste do pezinho logo após o nascimento do bebê é buscar o resultado e levá-lo ao pediatra para que este verifique o exame e trate quando necessário. A profissional destaca que o resultado fica pronto em cerca de 30 dias, mas para aquelas crianças que apresentam alguma alteração são feitas ainda a segunda coleta e novo exame para confirmar o diagnóstico e só então iniciar o tratamento. Além disso, é muito importante que na mesma época do teste do pezinho também sejam feitos os testes do olhinho, para detectar doenças oftalmológicas, como catarata congênita ou cegueira, e o da orelhinha, para detectar problemas que podem levar à surdez permanente.

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