Dados do estudo - Mortalidade em um ano de idosos após hospitalização por fratura decorrente de queda - revelam que fratura provocada por quedas é fator determinante sobre a mortalidade entre idosos
Dados do estudo “Mortalidade em um ano de idosos após hospitalização por fratura decorrente de queda” revelam que fratura provocada por quedas é um fator determinante sobre a mortalidade entre idosos. Aprovado pelo comitê de ética da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo pesquisou 500 idosos hospitalizados em um ano, um grupo de 250 pessoas com fraturas e outro com 250 sem as mesmas. Os pesquisadores descobriram que do primeiro grupo o índice de mortalidade foi de 25%, contra apenas 4% do segundo. Ou seja, fraturas decorrentes de queda entre idosos são um grave problema de Saúde Pública e têm sido associadas com maior risco de morte.
De acordo com a arquiteta e urbanista Vanessa Kimye Fujimoto, é importante destacar que durante o envelhecimento é comum os idosos apresentarem dificuldades sensoriais e alteração no equilíbrio, aumentando o índice de acidentes domésticos. “Tais acidentes ocorrem quando a residência não é pensada e adaptada para o morador com envelhecimento ou qualquer outra dificuldade física, mental entre outros. Os locais de maior incidência são em quintais, por causa de seus desníveis de piso, degraus e deformidades, e também na área do banheiro por ser ambiente molhado e escorregadio”, frisa.
Por isso, a especialista revela que é fundamental preparar o ambiente para que ele não se transforme em armadilha para o seu próprio morador, independente da idade. “Normalmente, pensamos que devemos adaptar nossa residência somente quando atingimos a terceira idade, o que não é verdade. Precisamos ficar atentos à distribuição do mobiliário, à necessidade de barras de apoio principalmente na área do banho, à circulação nos ambientes, enfim, são questões que devem ser observadas, pois, quando mal distribuídos na residência podem provocar acidentes não somente com idosos”, explica Vanessa Kimye.
A arquiteta destaca ainda que os cuidados e adaptações de móveis vão desde o tamanho da cama até a altura de sanitário, pia, cadeiras, maçanetas e interruptores. “O primeiro passo é saber as necessidades e limitações presentes, se utiliza cadeira de rodas ou andador e se tem alguma dificuldade sensorial para que possamos adequar especialmente cada ambiente. Os pisos devem ser antiderrapantes, principalmente em áreas molhadas, como banheiros e área de serviço. Tapetes devem ser evitados, se dispostos que sejam com antiderrapantes na parte inferior ou colocados fora das áreas de circulação. Em escadas deve-se seguir as alturas padrões e, preferencialmente, assinaladas com faixas em cores fortes para melhor percepção do degrau”, esclarece Vanessa Kimye Fujimoto.