SAÚDE

Realização de transplantes em Minas aumenta 13% no primeiro semestre

Dados do Ministério da Saúde apontam que foram realizados no Estado de Minas Gerais 1.097 transplantes no...

Publicado em 11/10/2012 às 16:00Atualizado em 19/12/2022 às 16:56
Compartilhar

Ilídio Antunes revela que existem hoje quase 13 mil pessoas inscritas como doadores de medula óssea

Dados do Ministério da Saúde apontam que foram realizados no Estado de Minas Gerais 1.097 transplantes no primeiro semestre de 2012, o que representa aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2011, com 973 cirurgias registradas. O transplante de rim foi um dos que impulsionaram o resultado, passando de 228 para 279 cirurgias no período avaliado, e de 659 para 706 de transplantes de córnea, enquanto que o de fígado aumentou de 39 para 61 e o de coração, de três para 18, nos primeiros seis meses deste ano.

Segundo o coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, no Hospital de Clínicas da UFTM (CIH-DOTT/HC-UFTM), Ilídio Antunes de Oliveira Júnior, em 2012, houve cerca de dez doações de múltiplos órgãos por pacientes com morte cerebral em Uberaba, sendo beneficiadas com rins, fígados e córneas cerca de 40 pessoas, que aguardavam na fila do transplante. Hoje existem quase 13 mil pessoas de Uberaba inscritas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) como doadores de medula. Há cerca de quatro anos, um uberabense foi convocado para doar medula a paciente com compatibilidade sanguínea, no Rio de Janeiro.

No primeiro semestre deste ano, houve 20% de doações de córneas, o que representa que de cada dez entrevistas realizadas com familiares duas foram doações, embora este índice já tenha chegado a quase 60% no município. No mesmo período, os casos de doação de múltiplos órgãos chegaram ao percentual de 60%, o que representa seis doações a cada dez entrevistas com familiares de pacientes com morte encefálica.

Ilídio Antunes destaca que o trabalho de busca ativa pelos óbitos que ocorrem 24h no hospital é constante para aumentar a possibilidade de transplantes aos que aguardam por um órgão na fila, já que um caso de morte cerebral constatada a tempo pode salvar no mínimo seis vidas. Hoje, o Hospital de Clínicas tem cerca de 80 óbitos por mês, o que representa a média de mil óbitos por ano, dos quais 70% são notificados pela busca ativa.

O coordenador ressalta que o hospital não dispõe de equipe suficiente para entrevistar cerca de 60 famílias sobre a vontade ou não de permitir a doação de órgãos e avaliar todos os pacientes. Isso porque há pacientes com infecção generalizada, Aids, Hepatites B e C, tuberculose ativa entre outros fatores que impedem a doação. “A questão é a seguinte, precisamos formar a consciência coletiva, especialmente da família, para a doação de órgãos e tecidos, motivar a sociedade para, no momento da solicitação, dizer sim à vida. Mas tudo vai depender daquilo que a equipe médica vai avaliar, porque, por mais que nos esforcemos, a condição clínica do paciente não permite que ele doe órgãos”, frisa.

Conscientização. Atualmente, somente a média de 32% dos familiares de pacientes com morte cerebral, entrevistados para doação de órgãos e tecidos, permitem o procedimento, o que para o coordenador Ilídio Antunes é um percentual baixo diante da necessidade. Por isso, o médico ressalta que o mais importante para quem deseja ser um doador de órgãos é manifestar à família o interesse pelo gesto, conscientizando-a para que seu desejo seja respeitado, já que para o hospital a vontade expressa no documento de identidade, na carteira de motorista ou em documento registrado em cartório não tem validade.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por