O mau uso da voz pode trazer alterações anatômicas nas pregas vocais, entre elas edemas, nódulos, pólipos e sulcos. Ou seja, fatores que podem aparecer nas estruturas da laringe, originando os distúrbios da voz. Os sintomas são pigarro, ardência na garganta, cansaço ao falar, rouquidão, falta de volume e projeção da voz, tensão cervical e sensação de corpo estranho na garganta. Ainda segundo o médico Odilon Ferreira Neto, as disfonias podem ser resultados de problemas orgânicos ou emocionais. É fundamental que sejam avaliadas por otorrinolaringologistas.
Para o especialista, é muito importante que as pessoas aprendam a cuidar da voz e a perceber possíveis alterações que podem resultar em doenças. Outras atitudes podem ajudar na prevenção, como não fumar ou utilizar drogas, ingerir bebidas muito quentes ou muito geladas, pigarrear e tossir, além de abusar de café e chocolates, pois estes alimentos aumentam o muco no trato respiratório. “Além disso, é importante não abusar da voz, seja com gritos ou mesmo se aventurando nos karaokês de fins de semana, e evitar mudanças bruscas de temperatura e o uso do ar-condicionado”, completa. É fundamental manter postura ereta ao falar e evitar automedicação e soluções caseiras, como gengibre, pastilhas e gargarejos.
Vale lembrar que existem por aí diversas receitas antigas que ensinam como utilizar semente de romã, gelo e vinagre com sal, por exemplo, para melhorar a voz, mas a fonoaudióloga Adeliana de Lima ressalta que cada pessoa reage a esses estímulos de forma individual. “Na verdade, tem muita coisa que funciona para alguns e não funciona para outros. O sal, por exemplo, irrita a voz se for usado de maneira inadequada. Há médico que orienta um copo de água morna com sal, mas é muito pouco sal, nem o suficiente para deixar gosto. De forma correta, o sal cura garganta irritada. Chás e xaropes até funcionam, mas o ideal é procurar um profissional especializado”, orienta a fonoaudióloga. (TM)