As técnicas de reconstrução mamária para mulheres que passaram por mastectomia foram debatidas, na semana passada, no Simpósio Internacional de Mastologia, que ocorre até amanhã no Hotel Sofitel, em Copacabana, zona sul do Rio. O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Alberto Ruiz, explica que a tendência atual é fazer as duas cirurgias ao mesmo tempo, retirando a mama afetada pelo câncer e fazendo a reconstrução no mesmo ato.
“Se a reparação não for feita no momento da mastectomia, os números indicam que mais de 60% das mulheres não voltam para fazer a reconstrução, já que o procedimento envolve nova internação, ficar longe da família de novo e a mulher é o sustentáculo da família”, diz o médico.
Ruiz lembra que duas ações são fundamentais para enfrentar o problema do câncer de mama, que pode ser considerado uma epidemia: educação e diagnóstico precoce.
Quanto ao diagnóstico precoce, um tumor na mama pode levar oito anos para chegar a 1 cm, portanto, é necessário fazer exames
periódicos, como a mamografia anual depois dos 40 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a cirurgia reconstrutora em um tempo era feita na rede pública antes mesmo de a Lei 2.802/2013 entrar em vigor, no dia 25 de abril. O texto orienta que, sempre que possível, a reconstrução seja feita no mesmo ato da mastectomia, de acordo com a avalização médica das condições da paciente passar pelos dois procedimentos seguidos.