SAÚDE

Redução de sódio em alimentos industrializados não é suficiente

O sódio é o principal elemento do sal de cozinha e a sua diminuição deve acontecer nos laticínios, embutidos e sopas prontas. As três categorias devem ter redução de até 68%

Thassiana Macedo
Publicado em 08/11/2013 às 00:32Atualizado em 19/12/2022 às 10:18
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O Ministério da Saúde anunciou a assinatura da última rodada de acordos com a indústria de alimentos para redução voluntária do sódio nos produtos industrializados. A nova medida visa reduzir o crescimento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, sobretudo a hipertensão. O sódio é o principal elemento do sal de cozinha e a sua diminuição deve acontecer nos laticínios, embutidos e sopas prontas. As três categorias devem ter redução de até 68% dos teores de sal em quatro anos.

Para o nefrologista Francisco Habermann, a iniciativa do Governo Federal de redução do conteúdo de sódio, ou seja, de sal, nos alimentos industrializados está diretamente relacionada aos benefícios que ela poderá trazer para as doenças cardiovasculares, “entre elas o infarto, os derrames cerebrais (AVC) e a insuficiência renal. A redução baseada em dois limites, sendo o máximo e o mínimo. Nós temos a recomendação da Organização Mundial de Saúde para o consumo de sal na nossa alimentação que varia de 4 a 6 gramas por dia. O brasileiro, entretanto, consome de 10 a 15 gramas diariamente”, alerta.

O especialista ressalta que a redução que o Governo propõe nos alimentos industrializados se baseia no limite máximo, quando o ideal seria reduzir a partir do mínimo. “De maneira que, embora essa redução de sódio ou sal nos alimentos seja um benefício, a medida não tem mais alcance do que se fosse drástica esta redução”, afirma.

Habermann aponta ainda como deve ser uma alimentação mais saudável que atenda às necessidades naturais do organismo dos indivíduos. “A recomendação é seguir algumas regras, sendo a primeira delas não acrescentar sal à mesa. Em segundo, prefira os alimentos naturais. E em terceiro, evite acrescentar sal em todos os alimentos preparados para uma refeição. Essas três medidas farão com que o consumo seja reduzido e o benefício é a redução dos problemas cardiovasculares, que estão em ascensão na população brasileira”, explica.

O nefrologista lembra ainda que “a regra geral mais interessante é comer a metade, andar o dobro e rir o triplo como medida para nosso bem viver, não só em relação ao sal, mas em relação ao estresse e outras doenças que acometem o ser humano”, completa.

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