SAÚDE

Refluxo pode ser evitado com medidas simples na infância

Em geral, os sinais são golfadas ao mamar ou vômitos sucessivos, choros de dor, sem outra causa aparente, surgimento de otite de repetição e ronco respiratório

Thassiana Macedo
Publicado em 27/04/2014 às 09:56Atualizado em 19/12/2022 às 08:02
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O refluxo, que se caracteriza pelo retorno do conteúdo do estômago pelo esôfago, atinge cerca de 20 milhões de brasileiros. Isso significa que 12% da população têm 70% mais chances de sofrer de males como esofagite e até mesmo câncer no esôfago, doença cuja incidência já subiu, sendo o sexto tumor mais comum entre os homens e o oitavo entre as mulheres.

Segundo a otorrinolaringologista Sabrina Maria de Castro Sarreta, o refluxo pode acontecer devido à imaturidade do sistema digestivo ainda na infância.

“O revestimento do estômago está preparado para a acidez, mas revestimentos da área respiratória, como a garganta e o nariz, não. Quando o refluxo chega até a região alta da garganta, o episódio acaba provocando inflamações que predispõem a criança a outras doenças e infecções. Controlando o refluxo, previne-se a repetição desses problemas”, esclarece.

Os sintomas não são iguais em todas as crianças, mas em geral são golfadas ao mamar ou vômitos sucessivos, choros de dor, sem outra causa aparente, surgimento de otite de repetição e ronco respiratório. A enfermeira Cíntia Dutra explica que cuidados simples podem evitar o problema do retorno do alimento ao esôfago. “Se a criança acabou de amamentar nunca a deite imediatamente. Ao tomar o leite, a criança engole ar, que tende a voltar e ao sair volta também um pouco de leite. Se a criança estiver deitada, o leite é aspirado, indo para os pulmões”, esclarece.

Após a amamentação, a orientação é esperar o arroto e, depois, manter o colchão no berço com inclinação de 30 a 45 graus e o bebê, deitado para o lado direito. Para dormir, o ideal é colocar a criança sempre de barriga para cima, o que evita 70% dos casos de morte súbita em bebês. O problema pode se resolver por volta dos dois anos. Por não ser tratado na infância, o refluxo também pode atingir adultos de várias idades. O sintoma mais comum é a sensação de azia e queimação. O ideal é prevenir com cuidados básicos, mas, ao persistir, o médico deve ser informado.

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